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22/04/2005 - 20h28

Povo deveria "ir para as ruas" contra juros, diz Severino

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PEDRO MOREIRA
da Agência Folha, em Recife

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), disse hoje que a população deveria "ir para as ruas" protestar contra a política de juros adotada pelo governo federal.

Segundo Severino, apesar de "não ter responsabilidade exclusiva" pela alta taxa de juros em vigor no país, o governo petista já poderia ter avançado na adoção de medidas que visem sua redução. "A população tem que ir para as ruas, expressar seu sentimento como fez com relação a MP 232. Depois da pressão popular, o governo recuou", disse o presidente da Câmara.

As declarações foram dadas em Recife, durante homenagem oferecida por duas federações (a dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte e a dos Empregados no Comércio do Norte e Nordeste).

No evento, Severino voltou a afirmar que colocará o projeto de reforma tributária em votação nos "próximos dias". "Dei vários prazos e todos já acabaram. Não há consenso entre governadores e nem mesmo entre o governo. Por isso, vou colocar a matéria em votação, com ou sem acordo. O importante é que isso seja debatido", declarou.

Crítico ferrenho do modelo de reforma tributária defendido pelo Executivo, o presidente da Câmara afirmou que o governo deveria promover uma melhor distribuição do bolo tributário. "A União recebe todos os impostos, tem todas as facilidades. Enquanto isso, os governos estaduais e as prefeituras estão passando por várias dificuldades", disse.

Segundo o parlamentar pernambucano, a Câmara dos Deputados vive uma nova fase sob seu comando. "Estou dando o primeiro exemplo de autonomia do Legislativo que este país viu", afirmou o presidente da Câmara, ainda se referindo a sua promessa de colocar em votação o projeto de reforma tributária que tramita no Congresso.

Num discurso repleto de elogios a sua própria atuação na presidência da Câmara dos Deputados, o parlamentar disse ainda que está havendo uma "revolução" nas relações entre os deputados.

"Agora não existe mais essa coisa de baixo ou alto clero. Todos são tratados da mesma maneira. Um das maiores provas do respeito com que tratamos os parlamentares é a distribuição da pauta de votações com uma semana de antecedência. Antes, os deputados nem sequer sabiam o que seria votado nas sessões. Hoje, eles têm condições de estudar a matéria e votar de acordo com seu entendimento."

Pela manhã, antes de comparecer à homenagem, Severino visitou --o lado do ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia)-- dois pacientes que realizaram, no Hospital SOS Mãos, uma cirurgia para recuperar o movimento do braço e da mão a partir da utilização de suas próprias células-tronco. Após a visita, o presidente da Câmara disse ter mudado de opinião em relação à utilização das células-tronco. "Só não muda de opinião quem é doido", declarou.

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