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24/04/2005 - 09h53

Dia das Mães vira termômetro para compras de Natal

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ADRIANA MATTOS
da Folha de S. Paulo

A indústria e o comércio encaram o próximo Dia das Mães como o termômetro para os cálculos das compras natalinas deste ano, que começam a ser definidas já em agosto -no caso dos importados. O Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante para o varejo brasileiro.

Se no ano passado o comércio de São Paulo registrou uma alta de 3,25% nas operações de venda à vista e a prazo no Dia das Mães, para este ano as entidades do setor trabalham com estimativas de crescimento de 5% a 6% em relação a 2004. Portanto, o varejo espera expansão já em cima de uma alta no ano anterior.

Os cálculos estão sendo feitos com base nos recentes desempenhos do varejo nos últimos meses, que também passaram a ser usados como termômetro para a data. Os dados da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) mostram que, de janeiro a março, a expansão média mensal do comércio foi de 6,3% nas operações de venda a prazo. Já na venda à vista, foi alcançado um crescimento mensal de 4%.

No geral, portanto, neste ano, a alta está em 5% (média) e deve se manter nesse patamar na data comemorativa.

Na prática, a ACSP não tem uma estimativa fechada de desempenho para o período. Essas conclusões podem ser feitas porque os economistas dizem acreditar que os resultados devem seguir o mesmo ritmo de demanda verificado até o momento.

As previsões de expansão da ACSP são feitas com base no número de operações de compra e venda -ou seja, com base no volume de negócios, e não no faturamento.

Atenção redobrada

Neste ano, a data comemorativa ganha peso porque é alvo de atenção redobrada da indústria. Será com base no desempenho do período que os fabricantes de vestuário e calçados vão se preparar para o Natal. Para não errar na conta do estoque de final de ano, as fábricas fazem estimativas de olho nos resultados de maio.

Essa atenção ganha destaque por causa de erros no passado. Por cálculos equivocados, já sobrou e faltou mercadoria em Natais anteriores. Em 2000, por exemplo, faltou eletroeletrônico nas lojas. Em 2002, faltaram celulares. "É uma data de peso e será um bom termômetro", diz Emílio Alfieri, economista da ACSP.

Os shoppings são os mais otimistas entre os segmentos do varejo. Esperam uma alta de 10% nas vendas, em média. Historicamente, assim como ocorre em outras datas, são eles os que fazem as previsões mais otimistas. A Alshop (Associação dos Lojistas de Shopping Center), no entanto, fala na data com maior cautela por conta da chegada do veranico, que atrapalha os negócios do comércio de roupas e calçados.

Nabil Sahyoun, presidente da entidade, afirma que "o desempenho estará muito ligado a possíveis mudanças no clima daqui para a frente".

Renda

Se o consumidor sair às compras e conseguir aquecer as vendas dos bens semiduráveis, será um alívio para esse segmento do comércio. O que acontece é que os discretos ganhos de renda que o brasileiro registra desde o ano passado ainda não refletiram de forma considerável nas vendas dessas lojas -em comparação a outras áreas do varejo.

O setor de comércio eletroeletrônico, por exemplo, acumula expansões nas vendas há meses -essa indústria cresceu 20% no último ano. Isso porque é um segmento com uma demanda reprimida maior do que o segmento de vestuário.

Especial
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