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06/05/2005
-
19h38
da Folha Online, no Rio
A diretoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a participação do banco na reestruturação operacional e financeira da Brasil Ferrovias. O acordo de investimentos, assinado hoje, permitirá a recuperação e a modernização de dois corredores ferroviários essenciais para o escoamento da produção agrícola nacional, segundo nota do banco.
A assinatura do acordo aconteceu num ato presidido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Campinas (SP). Segundo o BNDES, os novos investimentos levarão à revitalização e consolidação do transporte ferroviário, interligando a região Centro-Oeste ao Porto de Santos. O acordo foi firmado pelo presidente do BNDES, Guido Mantega, e por representantes dos demais acionistas: Funcef, Previ, Constran e de um fundo administrado pelo J.P. Morgan Chase.
O modelo de reestruturação consiste na cisão da holding do grupo Brasil Ferrovias. Esta holding administra três concessionárias ferroviárias: a Ferronorte, a Ferroban e a Novoeste. Com a mudança, ela será dividida em duas companhias, a Nova Brasil Ferrovias e a Novoeste.
O BNDES participa da Nova Brasil Ferrovias, que controlará o corredor de bitola larga, ferrovia mais moderna que inclui a Ferronorte e a Ferroban. O banco será sócio apenas no corredor de bitola larga, onde tem créditos e onde se concentra o maior volume de carga e o melhor desempenho financeiro. A Novoeste vai operar o corredor de bitola estreita, que receberá recursos dos atuais acionistas.
A mudança envolverá recursos de cerca de R$ 1,5 bilhão. Deste total, R$ 1 bilhão representa novos recursos e R$ 470 milhões são provenientes de capitalização de dívidas existentes.
A reestruturação prevê a conversão de dívidas da Brasil Ferrovias com o BNDES no valor de R$ 265 milhões, um empréstimo adicional de mesmo valor e aportes de capital que podem chegar a R$ 382 milhões. Os atuais acionistas deverão aportar até R$ 375 milhões e converter dívidas no valor de R$ 181 milhões. A proposta já obteve a aprovação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Investimentos previstos
Para o período 2005/2009 estão previstos investimentos de R$ 2,3 bilhões nos dois sistemas. Deste total, R$ 653 milhões serão destinados à recuperação da via permanente, R$ 1,167 bilhão para a aquisição de locomotivas e vagões e R$ 520 milhões para a manutenção da frota existente. O banco destaca que os investimentos equivalem a todo o montante aplicado no setor ferroviário entre 1998 e 2001, o período pós-privatização.
A reestruturação da malha tem o objetivo de aumentar o escoamento das safras agrícolas e expandir a fronteira agrícola da região Centro-Oeste. A principal carga a ser transportada na Brasil Ferrovias será a soja, que representa 52% do total de grãos de soja exportados pelo Porto de Santos.
O BNDES terá no máximo 49% e no mínimo 40% do capital ordinário do grupo. A participação vai depender do montante de investimentos requeridos pela companhia nos próximos anos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Brasil Ferrovias
BNDES assina acordo para socorrer Brasil Ferrovias
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A diretoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou a participação do banco na reestruturação operacional e financeira da Brasil Ferrovias. O acordo de investimentos, assinado hoje, permitirá a recuperação e a modernização de dois corredores ferroviários essenciais para o escoamento da produção agrícola nacional, segundo nota do banco.
A assinatura do acordo aconteceu num ato presidido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Campinas (SP). Segundo o BNDES, os novos investimentos levarão à revitalização e consolidação do transporte ferroviário, interligando a região Centro-Oeste ao Porto de Santos. O acordo foi firmado pelo presidente do BNDES, Guido Mantega, e por representantes dos demais acionistas: Funcef, Previ, Constran e de um fundo administrado pelo J.P. Morgan Chase.
O modelo de reestruturação consiste na cisão da holding do grupo Brasil Ferrovias. Esta holding administra três concessionárias ferroviárias: a Ferronorte, a Ferroban e a Novoeste. Com a mudança, ela será dividida em duas companhias, a Nova Brasil Ferrovias e a Novoeste.
O BNDES participa da Nova Brasil Ferrovias, que controlará o corredor de bitola larga, ferrovia mais moderna que inclui a Ferronorte e a Ferroban. O banco será sócio apenas no corredor de bitola larga, onde tem créditos e onde se concentra o maior volume de carga e o melhor desempenho financeiro. A Novoeste vai operar o corredor de bitola estreita, que receberá recursos dos atuais acionistas.
A mudança envolverá recursos de cerca de R$ 1,5 bilhão. Deste total, R$ 1 bilhão representa novos recursos e R$ 470 milhões são provenientes de capitalização de dívidas existentes.
A reestruturação prevê a conversão de dívidas da Brasil Ferrovias com o BNDES no valor de R$ 265 milhões, um empréstimo adicional de mesmo valor e aportes de capital que podem chegar a R$ 382 milhões. Os atuais acionistas deverão aportar até R$ 375 milhões e converter dívidas no valor de R$ 181 milhões. A proposta já obteve a aprovação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Investimentos previstos
Para o período 2005/2009 estão previstos investimentos de R$ 2,3 bilhões nos dois sistemas. Deste total, R$ 653 milhões serão destinados à recuperação da via permanente, R$ 1,167 bilhão para a aquisição de locomotivas e vagões e R$ 520 milhões para a manutenção da frota existente. O banco destaca que os investimentos equivalem a todo o montante aplicado no setor ferroviário entre 1998 e 2001, o período pós-privatização.
A reestruturação da malha tem o objetivo de aumentar o escoamento das safras agrícolas e expandir a fronteira agrícola da região Centro-Oeste. A principal carga a ser transportada na Brasil Ferrovias será a soja, que representa 52% do total de grãos de soja exportados pelo Porto de Santos.
O BNDES terá no máximo 49% e no mínimo 40% do capital ordinário do grupo. A participação vai depender do montante de investimentos requeridos pela companhia nos próximos anos.
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