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10/05/2005
-
18h26
IVONE PORTES
da Folha Online
A normalização da oferta de produtos agrícolas e a queda do dólar em relação ao real já começam a refletir na inflação. O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) recuou para 0,51% em abril, quase a metade da variação registrada em março, que foi de 0,99%.
O IPA (Índice de Preços do Atacado) desacelerou de 1,14% para 0,33% entre março e abril, "puxado", principalmente, pela deflação de 1,60% dos produtos agrícolas, contra alta de 3,59% no mês anterior.
O economista-chefe do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, explica que em março os produtos agrícolas tinham subido muito, por conta da estiagem em algumas regiões do país e excesso de chuva em outras, que provocaram problemas nas safras.
Com a melhora do clima e a maior oferta dos "in natura", os preços destes produtos voltaram a recuar.
A queda do dólar também já começa a ter efeito na inflação, principalmente nos preços das commodities, como a soja. Somente em abril, a moeda norte-americana registrou desvalorização de 5,2% em relação ao real. A soja, inclusive, foi um dos produtos que mais pressionou o IPA para baixo em abril, com queda de 5,75% no mês.
No varejo, entretanto, ainda há aceleração. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apontou alta de 0,88%, depois de registrar uma variação de 0,70% no mês anterior.
Com a desaceleração no atacado, porém, a tendência é que futuramente os preços para o consumidor fiquem menos pressionados.
O INCC, que mede os custos da construção civil, avançou para 0,72%, ante 0,67% do mês anterior.
Apesar do recuo da inflação em abril, o núcleo do IGP-DI, que exclui os elementos mais voláteis, apurou alta de 0,65% em abril. Na última medição, o núcleo havia registrado variação de 0,49%.
O IGP-DI é o índice utilizado no reajuste dos contratos de telefonia. Anteontem, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o ministério estão elaborando um índice setorial como sinal de aprimoramento para ser utilizado no reajuste dos contratos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o IGP-DI
Safra e câmbio derrubam IGP-DI em abril
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da Folha Online
A normalização da oferta de produtos agrícolas e a queda do dólar em relação ao real já começam a refletir na inflação. O IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) recuou para 0,51% em abril, quase a metade da variação registrada em março, que foi de 0,99%.
O IPA (Índice de Preços do Atacado) desacelerou de 1,14% para 0,33% entre março e abril, "puxado", principalmente, pela deflação de 1,60% dos produtos agrícolas, contra alta de 3,59% no mês anterior.
O economista-chefe do Banco Schahin, Sílvio Campos Neto, explica que em março os produtos agrícolas tinham subido muito, por conta da estiagem em algumas regiões do país e excesso de chuva em outras, que provocaram problemas nas safras.
Com a melhora do clima e a maior oferta dos "in natura", os preços destes produtos voltaram a recuar.
A queda do dólar também já começa a ter efeito na inflação, principalmente nos preços das commodities, como a soja. Somente em abril, a moeda norte-americana registrou desvalorização de 5,2% em relação ao real. A soja, inclusive, foi um dos produtos que mais pressionou o IPA para baixo em abril, com queda de 5,75% no mês.
No varejo, entretanto, ainda há aceleração. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) apontou alta de 0,88%, depois de registrar uma variação de 0,70% no mês anterior.
Com a desaceleração no atacado, porém, a tendência é que futuramente os preços para o consumidor fiquem menos pressionados.
O INCC, que mede os custos da construção civil, avançou para 0,72%, ante 0,67% do mês anterior.
Apesar do recuo da inflação em abril, o núcleo do IGP-DI, que exclui os elementos mais voláteis, apurou alta de 0,65% em abril. Na última medição, o núcleo havia registrado variação de 0,49%.
O IGP-DI é o índice utilizado no reajuste dos contratos de telefonia. Anteontem, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e o ministério estão elaborando um índice setorial como sinal de aprimoramento para ser utilizado no reajuste dos contratos.
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