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17/05/2005
-
19h21
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A TAP não será a única investidora na Varig, segundo informou hoje o presidente do conselho curador da Fundação Ruben Berta, Ernesto Zanata. A fundação é controladora da companhia aérea.
"O plano [de reestruturação da Varig] não prevê só a TAP. A TAP é um pedaço da capitalização. Vão existir outros acionistas", afirmou Zanata. A participação da fundação será minoritária.
Mas ele sinalizou que a solução de mercado buscada pela empresa deverá contar com o apoio do governo. "Gostaríamos de ter a tranqüilidade para sobreviver até o plano dar resultados", disse Zanata, referindo-se à necessidade de uma renegociação de prazos para os vencimentos de dívidas com credores estatais para que os acordos com novos investidores produzam resultados.
Ele evitou dar detalhes sobre o acordo assinado com a empresa portuguesa TAP de participação na Varig, mas disse que o negócio envolverá dinheiro novo, e que a empresa terá uma participação de 20% na companhia brasileira, como permite a legislação do setor.
O relator do projeto da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), senador Delcídio Amaral (PT-MS), que também é líder do governo no Senado, avaliou hoje que dificilmente uma solução exclusivamente de mercado será suficiente para resolver os problemas da companhia.
"Não conheço as soluções que estão sendo pensadas, discutidas, debatidas. Mas acho difícil alguma solução que não passe por uma pitada do governo", disse o senador.
Apesar da recomendação do governo de tratar o projeto da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) sem envolvimento com questões conjunturais das companhias, Amaral disse que vai voltar a conversar sobre o assunto no congresso, no governo e com as empresas para avaliar como o projeto de criação da agência poderá contribuir para uma solução para a Varig.
"Por tudo o que tenho visto nos últimos dias, alguma ação do governo precisa ser feita", disse.
Uma das alternativas que serão avaliadas pelo relator será a inclusão do mecanismo que possibilita um encontro de contas entre governo e empresas, o que beneficiaria a Varig. Esse mecanismo estava previsto no texto aprovado na Câmara, mas o senador o teria retirado do seu relatório, que será apresentado na próxima semana.
O encontro de contas, descartado pelo governo até que o julgamento das ações das companhias aéreas no Supremo Tribunal Federal, foi defendido durante audiência pública na Comissão de Infra-Estrutura do Senado por diversos parlamentares.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Varig e a TAP
Varig admite que TAP não será a única a investir na aérea
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da Folha Online, em Brasília
A TAP não será a única investidora na Varig, segundo informou hoje o presidente do conselho curador da Fundação Ruben Berta, Ernesto Zanata. A fundação é controladora da companhia aérea.
"O plano [de reestruturação da Varig] não prevê só a TAP. A TAP é um pedaço da capitalização. Vão existir outros acionistas", afirmou Zanata. A participação da fundação será minoritária.
Mas ele sinalizou que a solução de mercado buscada pela empresa deverá contar com o apoio do governo. "Gostaríamos de ter a tranqüilidade para sobreviver até o plano dar resultados", disse Zanata, referindo-se à necessidade de uma renegociação de prazos para os vencimentos de dívidas com credores estatais para que os acordos com novos investidores produzam resultados.
Ele evitou dar detalhes sobre o acordo assinado com a empresa portuguesa TAP de participação na Varig, mas disse que o negócio envolverá dinheiro novo, e que a empresa terá uma participação de 20% na companhia brasileira, como permite a legislação do setor.
O relator do projeto da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), senador Delcídio Amaral (PT-MS), que também é líder do governo no Senado, avaliou hoje que dificilmente uma solução exclusivamente de mercado será suficiente para resolver os problemas da companhia.
"Não conheço as soluções que estão sendo pensadas, discutidas, debatidas. Mas acho difícil alguma solução que não passe por uma pitada do governo", disse o senador.
Apesar da recomendação do governo de tratar o projeto da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) sem envolvimento com questões conjunturais das companhias, Amaral disse que vai voltar a conversar sobre o assunto no congresso, no governo e com as empresas para avaliar como o projeto de criação da agência poderá contribuir para uma solução para a Varig.
"Por tudo o que tenho visto nos últimos dias, alguma ação do governo precisa ser feita", disse.
Uma das alternativas que serão avaliadas pelo relator será a inclusão do mecanismo que possibilita um encontro de contas entre governo e empresas, o que beneficiaria a Varig. Esse mecanismo estava previsto no texto aprovado na Câmara, mas o senador o teria retirado do seu relatório, que será apresentado na próxima semana.
O encontro de contas, descartado pelo governo até que o julgamento das ações das companhias aéreas no Supremo Tribunal Federal, foi defendido durante audiência pública na Comissão de Infra-Estrutura do Senado por diversos parlamentares.
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