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18/05/2005
-
11h14
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Os funcionários da Volkswagen de São Bernardo, no ABC paulista, e da General Motors de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, paralisaram suas atividades nesta quarta-feira. Na Volkswagen, os trabalhadores querem forçar a empresa a abrir contratações. Na GM, os operários querem elevar a proposta de PLR (participação nos lucros e resultados) feita pela empresa.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, a Volks elevou sua produção de veículos nos últimos tempos, mas não contratou nenhum funcionário. "Os trabalhadores estão sobrecarregados. O trabalho na linha de montagem está cada vez mais acelerado e isso gera estresse entre os operários", disse José Lopez Feijóo, presidente do sindicato.
A paralisação de hoje, iniciada por volta das 6h, deve ser encerrada ao meio-dia. O sindicato informou que houve outras paradas de produção ontem e anteontem.
A paralisação de hoje teria atingindo os trabalhadores da estamparia (ala 1), manutenção e elétrica da montadora. Pelos cálculos do sindicato, 6.000 dos 12.600 funcionários estão de braços cruzados.
Procurada pela reportagem, a Volks informou que ainda está em negociação com o sindicato.
Feijóo disse que a intenção inicial do sindicato era fazer apenas uma passeata dentro da fábrica hoje. "Mas a insatisfação com a falta de mão-de-obra é tão grande que os trabalhadores começaram a aderir ao movimento e aprovaram a paralisação."
General Motors
Os funcionários da General Motors de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, entraram hoje no segundo dia de paralisação. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a greve é um protesto contra a proposta de PLR (participação nos lucros e resultados) feita pela GM.
A empresa teria oferecido pagar uma PLR de R$ 2.280 em Mogi das Cruzes. O valor é menor que a proposta de R$ 4.050 feita para os trabalhadores de São Caetano, no ABC paulista, e para São José dos Campos (a 91 km de SP).
A GM informou que não comentaria os detalhes da negociação de PLR e que as negociações seriam suspensas até o retorno dos trabalhadores.
Em Mogi, a GM fabrica componentes estampados e peças. Em São José são produzidos o Corsa, Novo Corsa, Montana, S-10, Blazer, Meriva e Zafira. Em São Caetano, são fabricados os modelos Corsa, Novo Corsa, Astra e Vectra.
Segundo o sindicato, a montadora enviou ontem um telegrama para os funcionários informando que eles perderiam R$ 76 por dia de trabalho perdido. "O retorno ao trabalho é o primeiro passo para a retomada das conversações", dizia o telegrama da montadora.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, disse que a atitude da empresa é um crime contra a organização do trabalho. "Estão reprimindo o trabalhador.
São Caetano
Hoje, os funcionários da GM de São Caetano devem parar suas atividades por duas horas contra o juro alto. O protesto coincide com a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
A GM já anunciou a abertura de um PDV (plano de demissão voluntária) para os funcionários aposentados de São Caetano e de São José dos Campos.
A GM negou que o PDV represente uma redução do quadro de pessoal por conta dos juros altos. Segundo a montadora, foram contratados 2.000 funcionários no ano passado.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre paralisação em montadoras
Greve paralisa Volks em São Bernardo e GM em Mogi das Cruzes
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da Folha Online
Os funcionários da Volkswagen de São Bernardo, no ABC paulista, e da General Motors de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, paralisaram suas atividades nesta quarta-feira. Na Volkswagen, os trabalhadores querem forçar a empresa a abrir contratações. Na GM, os operários querem elevar a proposta de PLR (participação nos lucros e resultados) feita pela empresa.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, a Volks elevou sua produção de veículos nos últimos tempos, mas não contratou nenhum funcionário. "Os trabalhadores estão sobrecarregados. O trabalho na linha de montagem está cada vez mais acelerado e isso gera estresse entre os operários", disse José Lopez Feijóo, presidente do sindicato.
A paralisação de hoje, iniciada por volta das 6h, deve ser encerrada ao meio-dia. O sindicato informou que houve outras paradas de produção ontem e anteontem.
A paralisação de hoje teria atingindo os trabalhadores da estamparia (ala 1), manutenção e elétrica da montadora. Pelos cálculos do sindicato, 6.000 dos 12.600 funcionários estão de braços cruzados.
Procurada pela reportagem, a Volks informou que ainda está em negociação com o sindicato.
Feijóo disse que a intenção inicial do sindicato era fazer apenas uma passeata dentro da fábrica hoje. "Mas a insatisfação com a falta de mão-de-obra é tão grande que os trabalhadores começaram a aderir ao movimento e aprovaram a paralisação."
General Motors
Os funcionários da General Motors de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, entraram hoje no segundo dia de paralisação. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a greve é um protesto contra a proposta de PLR (participação nos lucros e resultados) feita pela GM.
A empresa teria oferecido pagar uma PLR de R$ 2.280 em Mogi das Cruzes. O valor é menor que a proposta de R$ 4.050 feita para os trabalhadores de São Caetano, no ABC paulista, e para São José dos Campos (a 91 km de SP).
A GM informou que não comentaria os detalhes da negociação de PLR e que as negociações seriam suspensas até o retorno dos trabalhadores.
Em Mogi, a GM fabrica componentes estampados e peças. Em São José são produzidos o Corsa, Novo Corsa, Montana, S-10, Blazer, Meriva e Zafira. Em São Caetano, são fabricados os modelos Corsa, Novo Corsa, Astra e Vectra.
Segundo o sindicato, a montadora enviou ontem um telegrama para os funcionários informando que eles perderiam R$ 76 por dia de trabalho perdido. "O retorno ao trabalho é o primeiro passo para a retomada das conversações", dizia o telegrama da montadora.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, disse que a atitude da empresa é um crime contra a organização do trabalho. "Estão reprimindo o trabalhador.
São Caetano
Hoje, os funcionários da GM de São Caetano devem parar suas atividades por duas horas contra o juro alto. O protesto coincide com a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
A GM já anunciou a abertura de um PDV (plano de demissão voluntária) para os funcionários aposentados de São Caetano e de São José dos Campos.
A GM negou que o PDV represente uma redução do quadro de pessoal por conta dos juros altos. Segundo a montadora, foram contratados 2.000 funcionários no ano passado.
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