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19/05/2005
-
09h37
da Folha de S.Paulo
Empresários e sindicalistas esperam obter hoje do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a promessa de ampliar a composição do CMN (Conselho Monetário Nacional), órgão que tem como atribuição mais importante fixar as metas de inflação --e, como conseqüência, as diretrizes da política de juros.
Em reunião no Palácio do Planalto, outro conselho, o de Desenvolvimento Econômico e Social, apresentará uma moção pela inclusão de representantes da sociedade e outros membros do governo no CMN, que, desde o Plano Real, é formado apenas pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento.
"Espero que o presidente Lula, com seu bom senso, acolha essa idéia do conselho. Com um CMN de três membros, cada reunião já começa em 3 a 0 [para o governo]", diz Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
A Fiesp encabeça a pressão pela ampliação do CMN, ao lado da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). A proposta também tem o apoio declarado de setores do governo e do PT, como o líder de Lula no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o presidente do BNDES, Guido Mantega.
Avalia-se que, dominado pela visão ortodoxa da Fazenda, o CMN tem fixado metas de inflação irrealistas --como a de 4,5% para este ano, depois elevada pelo BC para 5,1%-- que obrigam o BC a manter os juros mais elevados do mundo.
O CMN também fixa a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), referência para os empréstimos do BNDES, e os depósitos que os bancos têm de fazer compulsoriamente no BC, decisivos para a formação dos juros de mercado.
Se acatar o pedido do setor produtivo, Lula estará cumprindo uma promessa de campanha. "Nós queremos envolver mais gente da sociedade, inclusive gente da produção, para a gente discutir melhor os destinos da política econômica brasileira", disse Lula, sob aplausos, em sabatina promovida pela Folha em agosto de 2002, durante a campanha eleitoral.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o CMN
Ampliação do CMN será discutida
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Empresários e sindicalistas esperam obter hoje do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a promessa de ampliar a composição do CMN (Conselho Monetário Nacional), órgão que tem como atribuição mais importante fixar as metas de inflação --e, como conseqüência, as diretrizes da política de juros.
Em reunião no Palácio do Planalto, outro conselho, o de Desenvolvimento Econômico e Social, apresentará uma moção pela inclusão de representantes da sociedade e outros membros do governo no CMN, que, desde o Plano Real, é formado apenas pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento.
"Espero que o presidente Lula, com seu bom senso, acolha essa idéia do conselho. Com um CMN de três membros, cada reunião já começa em 3 a 0 [para o governo]", diz Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
A Fiesp encabeça a pressão pela ampliação do CMN, ao lado da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). A proposta também tem o apoio declarado de setores do governo e do PT, como o líder de Lula no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o presidente do BNDES, Guido Mantega.
Avalia-se que, dominado pela visão ortodoxa da Fazenda, o CMN tem fixado metas de inflação irrealistas --como a de 4,5% para este ano, depois elevada pelo BC para 5,1%-- que obrigam o BC a manter os juros mais elevados do mundo.
O CMN também fixa a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), referência para os empréstimos do BNDES, e os depósitos que os bancos têm de fazer compulsoriamente no BC, decisivos para a formação dos juros de mercado.
Se acatar o pedido do setor produtivo, Lula estará cumprindo uma promessa de campanha. "Nós queremos envolver mais gente da sociedade, inclusive gente da produção, para a gente discutir melhor os destinos da política econômica brasileira", disse Lula, sob aplausos, em sabatina promovida pela Folha em agosto de 2002, durante a campanha eleitoral.
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