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20/05/2005
-
10h55
da Folha Online
As duas principais fabricantes mundiais de aviões para vôos regionais, a brasileira Embraer e a canadense Bombardier, vêm trocando críticas ácidas e acusações de subsídios ilegais.
Depois de se enfrentarem duas vezes na OMC (Organização Mundial de Comércio) nos últimos anos, com uma vitória para cada lado, as empresas agora têm usado a imprensa para trocar farpas.
Na noite de ontem, a Embraer divulgou nota em que afirma que a Bombardier "busca justificar o injustificável, ou seja, a utilização de subsídios governamentais para contrapor-se à competitividade técnica superior de seus concorrentes, distorcendo de forma condenável os princípios e regras estabelecidos para o comércio internacional em bases justas e mutuamente aceitáveis e, desta forma, prejudicando o desenvolvimento econômico e social das nações atingidas".
A dura afirmação responde a reportagem publicada ontem pelo jornal "Valor" em que o vice-presidente de assuntos públicos da Bombardier, John Paul Macdonald, rebate suspeitas da Embraer sobre a legalidade de um financiamento de US$ 700 milhões do governo canadense à empresa para o desenvolvimento de uma série de jatos com capacidade para 110 passageiros.
"Vamos produzir um avião que sairá do segmento regional para ter alcance continental e nenhum modelo da Embraer será capaz de fazer o mesmo", disse o executivo ao "Valor".
A Embraer rebateu: "Há o temor quando a competição é apoiada em práticas comerciais injustas. Por que a Bombardier não obedece às regras como a Embraer?".
No início da semana, durante conferência com analistas de mercado e jornalistas, o vice-presidente executivo e de Relações com Mercado, Antonio Luis Pizarro, havia afirmado que a Embraer estava estudando a legalidade dos subsídios oferecidos pelo concorrente.
Aviões militares
Na nota, a Embraer também afirma que são "infundadas" as acusações da Bombardier de que usaria contratos militares como forma de conseguir recursos governamentais.
"Além de destituídas de qualquer fundamento, as afirmações em questão configuram vã tentativa de confundir a opinião pública", afirma a Embraer em nota.
"Ademais, é inevitável associar a essas declarações à intenção de tentar justificar junto a sua sociedade um financiamento cujos termos não são conhecidos, permitindo-nos indagar se será efetivamente pago e em que condições", completa.
Segundo o executivo da Bombardier, o financiamento público recebido pela empresa é legal e será pago com juros.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Bombardier
Leia o que já foi publicado sobre a Embraer
Embraer e Bombardier trocam acusações pesadas sobre subsídios
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As duas principais fabricantes mundiais de aviões para vôos regionais, a brasileira Embraer e a canadense Bombardier, vêm trocando críticas ácidas e acusações de subsídios ilegais.
Depois de se enfrentarem duas vezes na OMC (Organização Mundial de Comércio) nos últimos anos, com uma vitória para cada lado, as empresas agora têm usado a imprensa para trocar farpas.
Na noite de ontem, a Embraer divulgou nota em que afirma que a Bombardier "busca justificar o injustificável, ou seja, a utilização de subsídios governamentais para contrapor-se à competitividade técnica superior de seus concorrentes, distorcendo de forma condenável os princípios e regras estabelecidos para o comércio internacional em bases justas e mutuamente aceitáveis e, desta forma, prejudicando o desenvolvimento econômico e social das nações atingidas".
A dura afirmação responde a reportagem publicada ontem pelo jornal "Valor" em que o vice-presidente de assuntos públicos da Bombardier, John Paul Macdonald, rebate suspeitas da Embraer sobre a legalidade de um financiamento de US$ 700 milhões do governo canadense à empresa para o desenvolvimento de uma série de jatos com capacidade para 110 passageiros.
"Vamos produzir um avião que sairá do segmento regional para ter alcance continental e nenhum modelo da Embraer será capaz de fazer o mesmo", disse o executivo ao "Valor".
A Embraer rebateu: "Há o temor quando a competição é apoiada em práticas comerciais injustas. Por que a Bombardier não obedece às regras como a Embraer?".
No início da semana, durante conferência com analistas de mercado e jornalistas, o vice-presidente executivo e de Relações com Mercado, Antonio Luis Pizarro, havia afirmado que a Embraer estava estudando a legalidade dos subsídios oferecidos pelo concorrente.
Aviões militares
Na nota, a Embraer também afirma que são "infundadas" as acusações da Bombardier de que usaria contratos militares como forma de conseguir recursos governamentais.
"Além de destituídas de qualquer fundamento, as afirmações em questão configuram vã tentativa de confundir a opinião pública", afirma a Embraer em nota.
"Ademais, é inevitável associar a essas declarações à intenção de tentar justificar junto a sua sociedade um financiamento cujos termos não são conhecidos, permitindo-nos indagar se será efetivamente pago e em que condições", completa.
Segundo o executivo da Bombardier, o financiamento público recebido pela empresa é legal e será pago com juros.
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