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20/05/2005
-
11h27
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O governo chinês anunciou que irá elevar as tarifas de exportação sobre 74 categorias de produtos têxteis a partir de 1° de junho, para amenizar as tensões com os EUA e a União Européia (UE) sobre a invasão dos produtos chineses nos dois mercados.
O Ministério das Finanças da China disse que as novas tarifas serão aplicadas a 74 produtos têxteis. A tarifa para a maioria dos produtos irá passar para 1 iuane (US$ 0,12), contra os atuais 0,2 iuane (US$ 0,02). A tarifa em alguns produtos pode chegar a 4 iuanes (US$ 0,48), segundo o ministério. A lista irá incluir calças, camisetas e roupas íntimas.
Em 1° de janeiro deste ano, expirou o sistema global de cotas dos EUA para produtos têxteis de países em desenvolvimento. Desde então, os produtos chineses passaram a ser taxados entre 0,2 e 0,3 iuane.
Representantes comerciais americanos e europeus dizem que mesmo as novas taxas depois de 1° de junho não serão suficientes para fazer frente às vantagens do setor têxtil chinês, que conta com fábricas grandes e modernas e com mão-de-obra barata.
Ontem, o governo americano anunciou que irá ampliar o número de produtos têxteis na lista de cotas de importação de produtos da China, para proteger o setor têxtil americano. A nova lista irá conter calças, camisas e fios, que não constavam da lista anunciada pelo governo na semana passada.
A Comissão Européia (o Executivo da UE) também procura implementar medidas de contenção para os têxteis chineses.
O ministro do Comércio da China, Bo Xilai, disse que, apesar do aumento das tarifas, o governo chinês não irá estimular voluntariamente limites para as exportações. "Fazer isso significaria um desvio dos princípios básicos do acordo da OMC [Organização Mundial do Comércio] sobre produtos têxteis e artigos de vestuário. Não devemos andar para trás", disse o ministro.
A discussão sobre exportações precipitou um debate mais intenso sobre a desvalorização artificial do iuane em relação ao dólar. O governo chinês mantém a moeda do país desvalorizada ante o dólar, o que prejudica a competição dos produtos americanos nos mercados mundiais.
O governo americano disse na terça-feira que a China pode enfrentar sanções se não adotar medidas para deixar o câmbio flutuar nos próximos seis meses.
Câmara de comércio
A decisão do governo chinês foi um passo "construtivo" que mostra que o país é sensível ao impacto das exportações de produtos têxteis para os EUA, disse hoje o presidente da Câmara Americana de Comércio na China, Charlie Martin.
"Esse passo voluntário demonstra que a China está adotando uma abordagem construtiva e é sensível às dificuldades reais que a remoção das cotas trouxeram aos trabalhadores americanos."
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre produtos têxteis na União Européia
Leia o que já foi publicado sobre a indústria têxtil dos EUA
Leia o que já foi publicado sobre o setor têxtil da China
China irá aumentar tarifas de exportação de produtos têxteis
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da Folha Online
O governo chinês anunciou que irá elevar as tarifas de exportação sobre 74 categorias de produtos têxteis a partir de 1° de junho, para amenizar as tensões com os EUA e a União Européia (UE) sobre a invasão dos produtos chineses nos dois mercados.
O Ministério das Finanças da China disse que as novas tarifas serão aplicadas a 74 produtos têxteis. A tarifa para a maioria dos produtos irá passar para 1 iuane (US$ 0,12), contra os atuais 0,2 iuane (US$ 0,02). A tarifa em alguns produtos pode chegar a 4 iuanes (US$ 0,48), segundo o ministério. A lista irá incluir calças, camisetas e roupas íntimas.
Em 1° de janeiro deste ano, expirou o sistema global de cotas dos EUA para produtos têxteis de países em desenvolvimento. Desde então, os produtos chineses passaram a ser taxados entre 0,2 e 0,3 iuane.
Representantes comerciais americanos e europeus dizem que mesmo as novas taxas depois de 1° de junho não serão suficientes para fazer frente às vantagens do setor têxtil chinês, que conta com fábricas grandes e modernas e com mão-de-obra barata.
Ontem, o governo americano anunciou que irá ampliar o número de produtos têxteis na lista de cotas de importação de produtos da China, para proteger o setor têxtil americano. A nova lista irá conter calças, camisas e fios, que não constavam da lista anunciada pelo governo na semana passada.
A Comissão Européia (o Executivo da UE) também procura implementar medidas de contenção para os têxteis chineses.
O ministro do Comércio da China, Bo Xilai, disse que, apesar do aumento das tarifas, o governo chinês não irá estimular voluntariamente limites para as exportações. "Fazer isso significaria um desvio dos princípios básicos do acordo da OMC [Organização Mundial do Comércio] sobre produtos têxteis e artigos de vestuário. Não devemos andar para trás", disse o ministro.
A discussão sobre exportações precipitou um debate mais intenso sobre a desvalorização artificial do iuane em relação ao dólar. O governo chinês mantém a moeda do país desvalorizada ante o dólar, o que prejudica a competição dos produtos americanos nos mercados mundiais.
O governo americano disse na terça-feira que a China pode enfrentar sanções se não adotar medidas para deixar o câmbio flutuar nos próximos seis meses.
Câmara de comércio
A decisão do governo chinês foi um passo "construtivo" que mostra que o país é sensível ao impacto das exportações de produtos têxteis para os EUA, disse hoje o presidente da Câmara Americana de Comércio na China, Charlie Martin.
"Esse passo voluntário demonstra que a China está adotando uma abordagem construtiva e é sensível às dificuldades reais que a remoção das cotas trouxeram aos trabalhadores americanos."
Com agências internacionais
Especial
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