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22/05/2005
-
10h42
da Folha de S.Paulo
O advogado Sergio Bermudes, que defende Edemar Cid Ferreira desde a intervenção no Banco Santos, diz que o banqueiro não tem mais nenhum bem sob o seu controle. O seqüestro solicitado pelo Ministério Público Federal atingiu toda a coleção de arte e a casa do banqueiro, de acordo com Bermudes.
A prova de quem nenhum bem ficou de fora do seqüestro, na visão do advogado, são os relatórios feitos com todas as informações técnicas sobre as cerca de 700 obras que estão dispersas nos cinco andares da casa de Edemar.
"Todos os bens que se encontravam na casa foram enumerados, fotografados e reunidos numa espécie de álbum. O Edemar assinou esse caderno, reconhecendo o seqüestro. Não ficou nada de fora", relata.
O levantamento foi feito por dois especialistas em arte nomeados pelo juiz Fausto de Sanctis, que determinou o seqüestro.
Esse documento integra a ação em que os procuradores Silvio Luís Martins de Oliveira e Anamara Osório Silva de Sordi, do Ministério Público Federal, defendem que o rombo de R$ 2,2 bilhões que Edemar deixou no Banco Santos não foi um acidente, mas sim resultado de uma fraude premeditada.
À época da intervenção, o banqueiro disse que o banco quebrou por causa da redução repentina dos financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
Bermudes afirma que não sabia da existência de um arquivo com todas as obras da Cid Collection, recuperado por técnicos do Banco Central dentro na instituição que era de seu cliente e está em processo de liquidação.
Ele diz desconhecer, também, que esse banco de dados contenha informações sobre obras de arte que não estão mais na casa do banqueiro.
Edemar, de acordo com Bermudes, nunca comentou com ele que tinha peças de sua coleção fora do Brasil. Bermudes e Ricardo Tepedino, que dirige o escritório em São Paulo, contam que nunca ouviram falar que o banqueiro teria um depósito com obras de arte na Suíça.
Bermudes diz desconhecer também que o advogado suíço Hubert Secrétan, apontado como defensor dos interesses de Edemar no Bank of Europe, tinha um doutorado sobre questões legais no mercado de arte internacional.
"Nunca soube que havia algum tipo de relação entre esse advogado suíço e o meu cliente", relata o advogado.
Bermudes diz que nunca perguntou a seu cliente se ele tinha obras fora do país. Até agora, na visão do advogado, o problema dos bens de Edemar não foi colocado. "Ainda não chegou a fase da penhora dos bens. Por isso não me preocupei com essas questões. Não tenho informações." Bermudes informou que nesta semana irá se dedicar à questão dos bens de seu cliente.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Edemar Cid Ferreira
Leia o que já foi publicado sobre o Banco Santos
Seqüestro atinge todos os bens de Edemar, diz advogado
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O advogado Sergio Bermudes, que defende Edemar Cid Ferreira desde a intervenção no Banco Santos, diz que o banqueiro não tem mais nenhum bem sob o seu controle. O seqüestro solicitado pelo Ministério Público Federal atingiu toda a coleção de arte e a casa do banqueiro, de acordo com Bermudes.
A prova de quem nenhum bem ficou de fora do seqüestro, na visão do advogado, são os relatórios feitos com todas as informações técnicas sobre as cerca de 700 obras que estão dispersas nos cinco andares da casa de Edemar.
"Todos os bens que se encontravam na casa foram enumerados, fotografados e reunidos numa espécie de álbum. O Edemar assinou esse caderno, reconhecendo o seqüestro. Não ficou nada de fora", relata.
O levantamento foi feito por dois especialistas em arte nomeados pelo juiz Fausto de Sanctis, que determinou o seqüestro.
Esse documento integra a ação em que os procuradores Silvio Luís Martins de Oliveira e Anamara Osório Silva de Sordi, do Ministério Público Federal, defendem que o rombo de R$ 2,2 bilhões que Edemar deixou no Banco Santos não foi um acidente, mas sim resultado de uma fraude premeditada.
À época da intervenção, o banqueiro disse que o banco quebrou por causa da redução repentina dos financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
Bermudes afirma que não sabia da existência de um arquivo com todas as obras da Cid Collection, recuperado por técnicos do Banco Central dentro na instituição que era de seu cliente e está em processo de liquidação.
Ele diz desconhecer, também, que esse banco de dados contenha informações sobre obras de arte que não estão mais na casa do banqueiro.
Edemar, de acordo com Bermudes, nunca comentou com ele que tinha peças de sua coleção fora do Brasil. Bermudes e Ricardo Tepedino, que dirige o escritório em São Paulo, contam que nunca ouviram falar que o banqueiro teria um depósito com obras de arte na Suíça.
Bermudes diz desconhecer também que o advogado suíço Hubert Secrétan, apontado como defensor dos interesses de Edemar no Bank of Europe, tinha um doutorado sobre questões legais no mercado de arte internacional.
"Nunca soube que havia algum tipo de relação entre esse advogado suíço e o meu cliente", relata o advogado.
Bermudes diz que nunca perguntou a seu cliente se ele tinha obras fora do país. Até agora, na visão do advogado, o problema dos bens de Edemar não foi colocado. "Ainda não chegou a fase da penhora dos bens. Por isso não me preocupei com essas questões. Não tenho informações." Bermudes informou que nesta semana irá se dedicar à questão dos bens de seu cliente.
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