Publicidade
Publicidade
24/05/2005
-
09h46
da Folha de S.Paulo
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de Estado de São Paulo), Paulo Skaf, respondeu ontem, durante evento no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, às críticas aos empresários brasileiros feitas pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner.
Kirchner afirmou, em entrevista publicada pelo diário argentino "Página 12", que os "industriais de São Paulo são fortes, duros e impiedosos", ao fazer comentários sobre as relações entre os governos brasileiro e argentino. Para o presidente do país vizinho, "todo o Brasil tem que entender que a indústria não pode estar só em São Paulo".
"Não podemos deixar que uma declaração dessas "azede" o Mercosul", disse Skaf. Segundo ele, as declarações só levam ao "afastamento". "Esse é um momento de nos unirmos", disse.
Ainda falando ao "Página 12", Kirchner disse que, diferentemente dos anos 90, quando a Argentina havia "se resignado" a não ser um país industrial, as políticas adotadas a partir de agora promoverão a "reindustrialização" do país.
Apesar de referir-se à "impiedade" dos empresários do setor industrial brasileiro, Kirchner disse que "do governo brasileiro há compreensão". A outro diário argentino, o "Clarín", Kirchner disse que a relação dele com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "excelente", apesar de ressalvar que "há setores do establishment brasileiro que querem ter a indústria em São Paulo e que todos os demais sejamos periféricos".
Os argentinos pressionam pelo que o governo do país chama de "correção das assimetrias do Mercosul". Pedem, por exemplo, a adoção de salvaguardas para proteger setores locais da concorrência da indústria brasileira.
Skaf, ao reagir ontem às declarações de Kirchner, publicadas no domingo, disse que "o presidente [da Argentina] não está no caminho certo, criticando quem não merece críticas. Enquanto o Brasil cresceu 5,2% no ano passado, a Argentina cresceu 8%. Enquanto temos setores da indústria na ociosidade, na Argentina está tudo a plena [capacidade]". "Enquanto nosso câmbio está em torno de R$ 2,40, o da Argentina está em 2,93
pesos. Não é momento de reclamação", completou.
Skaf embarca para a Argentina na quinta, quando participa da posse do novo presidente da UIA (União Industrial Argentina).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Néstor Kirchner
Leia o que já foi publicado sobre Paulo Skaf
Kirchner ataca indústria de SP, e Skaf reage
Publicidade
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de Estado de São Paulo), Paulo Skaf, respondeu ontem, durante evento no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, às críticas aos empresários brasileiros feitas pelo presidente da Argentina, Néstor Kirchner.
Kirchner afirmou, em entrevista publicada pelo diário argentino "Página 12", que os "industriais de São Paulo são fortes, duros e impiedosos", ao fazer comentários sobre as relações entre os governos brasileiro e argentino. Para o presidente do país vizinho, "todo o Brasil tem que entender que a indústria não pode estar só em São Paulo".
"Não podemos deixar que uma declaração dessas "azede" o Mercosul", disse Skaf. Segundo ele, as declarações só levam ao "afastamento". "Esse é um momento de nos unirmos", disse.
Ainda falando ao "Página 12", Kirchner disse que, diferentemente dos anos 90, quando a Argentina havia "se resignado" a não ser um país industrial, as políticas adotadas a partir de agora promoverão a "reindustrialização" do país.
Apesar de referir-se à "impiedade" dos empresários do setor industrial brasileiro, Kirchner disse que "do governo brasileiro há compreensão". A outro diário argentino, o "Clarín", Kirchner disse que a relação dele com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "excelente", apesar de ressalvar que "há setores do establishment brasileiro que querem ter a indústria em São Paulo e que todos os demais sejamos periféricos".
Os argentinos pressionam pelo que o governo do país chama de "correção das assimetrias do Mercosul". Pedem, por exemplo, a adoção de salvaguardas para proteger setores locais da concorrência da indústria brasileira.
Skaf, ao reagir ontem às declarações de Kirchner, publicadas no domingo, disse que "o presidente [da Argentina] não está no caminho certo, criticando quem não merece críticas. Enquanto o Brasil cresceu 5,2% no ano passado, a Argentina cresceu 8%. Enquanto temos setores da indústria na ociosidade, na Argentina está tudo a plena [capacidade]". "Enquanto nosso câmbio está em torno de R$ 2,40, o da Argentina está em 2,93
pesos. Não é momento de reclamação", completou.
Skaf embarca para a Argentina na quinta, quando participa da posse do novo presidente da UIA (União Industrial Argentina).
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice