Publicidade
Publicidade
25/05/2005
-
09h02
MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
O presidente argentino, Néstor Kirchner, voltou a atacar ontem a indústria brasileira, em particular a de São Paulo. Em entrevista a uma rádio argentina, Kirchner afirmou que "os industriais paulistas têm de esquecer de querer fazer uma São Paulo com indústrias e que toda a periferia, inclusive o próprio Brasil, ofereça serviços e matérias-primas".
Segundo Kirchner, os empresários paulistas devem entender que é necessário "abrir o jogo a toda a região". O presidente já havia afirmado, em entrevista publicada no último domingo pelo jornal argentino "Página 12", que os "empresários de São Paulo são fortes, duros e impiedosos", ao fazer comentários sobre as relações entre os dois governos.
Sobre a indústria argentina, o presidente afirmou "que temos a melhor atividade industrial da nossa história". "O processo de reindustrialização do país está dando grandes resultados, e, se o país se reindustrializa, começa a construir um país com um capitalismo com decisão nacional, com investimento estrangeiro incorporado", declarou ontem.
Evitar que o Mercosul "azede"
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, respondeu anteontem às declarações do presidente argentino ao dizer que o Brasil não pode deixar "que uma declaração dessas "azede" o Mercosul". Segundo ele, as declarações só levam ao "afastamento". "Esse é um momento de nos unirmos", disse.
Ontem, Skaf voltou a se pronunciar, dizendo não acreditar que Kirchner tenha dito exatamente o que foi veiculado pelas agências de notícias. "Até porque a indústria da Argentina está a pleno vapor, com juros e câmbio mais favoráveis que o Brasil. Não é hora de, com uma crítica injusta como essa, comprometer o sucesso do Mercosul", afirmou Skaf, por meio de sua assessoria.
A Argentina vem registrando déficit comercial com o Brasil desde junho do ano retrasado. Em março, o resultado negativo chegou a US$ 334 milhões, o pior desde pelo menos janeiro de 2002.
Os empresários argentinos reclamam do que chamam de "invasão" de produtos brasileiros. Recentemente, Héctor Méndez, presidente da União Industrial Argentina, espécie de CNI (Confederação Nacional da Indústria) do país vizinho, declarou que "temos a mesma necessidade de crescer que o Brasil" e que "o Brasil não vai crescer à nossa custa".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Néstor Kirchner
Leia o que já foi publicado sobre Paulo Skaf
Kirchner volta a atacar a indústria paulista
Publicidade
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
O presidente argentino, Néstor Kirchner, voltou a atacar ontem a indústria brasileira, em particular a de São Paulo. Em entrevista a uma rádio argentina, Kirchner afirmou que "os industriais paulistas têm de esquecer de querer fazer uma São Paulo com indústrias e que toda a periferia, inclusive o próprio Brasil, ofereça serviços e matérias-primas".
Segundo Kirchner, os empresários paulistas devem entender que é necessário "abrir o jogo a toda a região". O presidente já havia afirmado, em entrevista publicada no último domingo pelo jornal argentino "Página 12", que os "empresários de São Paulo são fortes, duros e impiedosos", ao fazer comentários sobre as relações entre os dois governos.
Sobre a indústria argentina, o presidente afirmou "que temos a melhor atividade industrial da nossa história". "O processo de reindustrialização do país está dando grandes resultados, e, se o país se reindustrializa, começa a construir um país com um capitalismo com decisão nacional, com investimento estrangeiro incorporado", declarou ontem.
Evitar que o Mercosul "azede"
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, respondeu anteontem às declarações do presidente argentino ao dizer que o Brasil não pode deixar "que uma declaração dessas "azede" o Mercosul". Segundo ele, as declarações só levam ao "afastamento". "Esse é um momento de nos unirmos", disse.
Ontem, Skaf voltou a se pronunciar, dizendo não acreditar que Kirchner tenha dito exatamente o que foi veiculado pelas agências de notícias. "Até porque a indústria da Argentina está a pleno vapor, com juros e câmbio mais favoráveis que o Brasil. Não é hora de, com uma crítica injusta como essa, comprometer o sucesso do Mercosul", afirmou Skaf, por meio de sua assessoria.
A Argentina vem registrando déficit comercial com o Brasil desde junho do ano retrasado. Em março, o resultado negativo chegou a US$ 334 milhões, o pior desde pelo menos janeiro de 2002.
Os empresários argentinos reclamam do que chamam de "invasão" de produtos brasileiros. Recentemente, Héctor Méndez, presidente da União Industrial Argentina, espécie de CNI (Confederação Nacional da Indústria) do país vizinho, declarou que "temos a mesma necessidade de crescer que o Brasil" e que "o Brasil não vai crescer à nossa custa".
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice