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25/05/2005 - 15h17

Fiesp vai discutir metas de inflação com Palocci

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Representantes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) devem se reunir em 15 dias com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para discutir as metas de inflação do país. Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o ministro já aceitou o convite dos empresários para debater o assunto.

"Fizemos o convite e ele aceitou. Devemos nos reunir em até 15 dias. Se não for na próxima semana, será na outra", disse Skaf.

Segundo ele, o encontro com Palocci deve ocorrer antes da próxima reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que deve se reunir em junho para a meta de inflação de 2007. Os empresários querem que também entre na pauta a revisão da meta do próximo ano, de 4,5%.

"O CMN não pode discutir a meta [de inflação] futura sem haver um debate mais amplo. É preciso ampliar a discussão", afirmou Skaf.

O empresário disse que a Fiesp não apresentará nenhuma proposta própria para as metas de inflação de 2006 e 2007. "Queremos apenas ter a oportunidade de ser ouvidos antes das regras do jogo serem definidas", afirmou ele.

No entanto, Skaf criticou hoje as atuais metas inflacionárias, que, segundo ele, são "irreais". "Temos uma meta irrealista."

Num documento intitulado "Os 7 pecados capitais da política econômica", a Fiesp também ataca a elevação dos juros, a valorização do câmbio, a tentativa de usar a Selic para conter a demanda e o desperdício da oportunidade de crescimento mundial.

A Fiesp também culpa o governo por "lançar mau-humor e pessimismo na sociedade" e pela "inação com relação ao controle dos gastos públicos".

Apesar das críticas à política econômica, a Fiesp poupou a figura pessoal de Palocci dos ataques. "Acho que o ministro até tem poucos pecados. Ele deve estar em dia com Deus. O problema é a política econômica", disse Skaf.

CMN

Na esteira das críticas, Skaf voltou a defender a ampliação do CMN --composto hoje por 3 representantes (ministros da Fazenda, do Planejamento e presidente do Banco Central).

O empresário defende que o CMN passe a contar com nove participantes: cinco do governo e quatro da sociedade civil.

"As discussões no CMN precisam ser mais amplas. Do jeito que está hoje, a decisão fica na mão de uma única pessoa", disse Skaf.

Segundo ele, o CMN não pode ser "politizado". "Para mim, ministro é politizado. Por isso, a sociedade precisa participar [do CMN]."

O conselho é o órgão responsável, entre outras funções, pela definição da TJLP (taxa de juros de referência para empréstimos do BNDES) e de políticas de financiamento imobiliário (SFH).

Especial
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