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07/06/2005 - 17h48

Bovespa cai 2,06% ainda influenciada por crise política

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IVONE PORTES
da Folha Online

A crise política continua gerando incertezas e a fuga de investidores do mercado acionário. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 2,06%, aos 25.026 pontos.

Durante a tarde, a Bovespa chegou a reduzir um pouco a queda, por conta do desempenho positivo nas Bolsas dos EUA. Entretanto, com a inversão de tendência na Bolsa eletrônica Nasdaq, que fechou com desvalorização de 0,41%, a Bolsa paulista voltou a acentuar o movimento negativo. Já o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,15%.

O volume financeiro continuou forte na Bovespa hoje e somou R$ 1,669 bilhão, o que indica a saída de investidores do mercado acionário.

Crise Política

Em entrevista publicada ontem na Folha de S.Paulo, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, afirmou que o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pagava uma mesada a parlamentares em troca de apoio no Congresso. Segundo ele, seriam entregues mensalmente R$ 30 mil ao PP e ao PL. O PT negou as denúncias, que desencadearam reações de diversos partidos, inclusive do PTB, e do governo.

As bancadas do PTB na Câmara e no Senado decidiram pedir o afastamento do deputado Roberto Jefferson (RJ) da presidência do partido. Senadores do PT decidiram apoiar uma possível CPI do "mensalão". O PL informou que vai pedir a cassação do mandato de Roberto Jefferson.

O governo, por sua vez, anunciou a troca de toda a diretoria dos Correios e do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil). Os dois órgãos são citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal.

"O importante é que nenhum integrante do governo foi envolvido diretamente nas denúncias", afirmou Mário Paiva, da corretora Liquidez.

Câmbio

O dia foi bem menos tenso hoje do que ontem no mercado de câmbio, embora prevaleça a preocupação com o cenário político doméstico. O dólar subiu 0,53% e fechou a R$ 2,463 na venda, após subir 0,93% ao longo do dia.

Ontem, a moeda norte-americana chegou a subir mais de 2%, porém fechou com valorização de 0,94%.

Segundo Paiva, os bons fundamentos da economia brasileira e o desempenho positivo dos mercados internacionais ajudaram a amenizar um pouco a tensão com a crise política nesta terça-feira.

Ontem, o Ministério do Desenvolvimento divulgou que o superávit da balança comercial já supera US$ 16 bilhões no ano. Hoje, dados divulgados pelo IBGE mostraram que a produção industrial brasileira ficou estável em abril na comparação com março, mas cresceu 6,3% em relação a igual mês de 2004.

Paiva avalia que os ingressos de recursos no país ainda são fortes, por isso o dólar não subiu mais nestes dois dias.

"Tecnicamente, eu acho difícil o dólar subir muito mais sem novas denúncias. A divisa deve oscilar entre R$ 2,40 e R$ 2,50 nos próximos dias, aguardando o andamento dos acontecimentos políticos", disse.

As Bolsas européias fecharam em alta nesta terça-feira, com a decisão da Siemens de vender sua unidade de fabricação de telefones celulares. A Bolsa de Londres subiu 0,9%. Em Paris, a alta foi de 0,83%. A Bolsas de Frankfurt e de Milão avançaram 1,53% e 0,85%, respectivamente. A Bolsa de Madri teve valorização de 0,91%.

Especial
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