Publicidade
Publicidade
08/06/2005
-
20h52
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online
Um grupo de empresários entregou hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o anteprojeto de Lei Geral das Micro e Pequenas Empresa, cujo principal objetivo é reduzir a tributação incidente sobre o segmento. O projeto engloba também mecanismos que irão facilitar o crescimento desse segmento.
O movimento para a entrega do anteprojeto ao presidente foi a forma encontrada pelos empresários para pressionar o Palácio do Planalto, já que esse é um assunto analisado pela Casa Civil desde setembro do ano passado.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tinha em 2002 4,9 milhões de empresas. As micro e pequenas empresas representam 99,2% desse total.
A ampliação das faixas de renda bruta para o enquadramento no Simples é um dos temas do anteprojeto. Hoje, para ser enquadrada como microempresa, a empresa não pode faturar mais do que R$ 120 mil por ano. No caso das pequenas, o limite é de R$ 1,2 milhão. O projeto propõe o aumento para R$ 480 mil e R$ 3,2 milhões, respectivamente.
De acordo com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), o ministro Antonio Palocci (Fazenda) concordou com essa reivindicação --os limites estão inalterados desde 1996.
Além da ampliação das faixas, o anteprojeto institui uma tabela progressiva para as micro e pequenas empresas. Com a tabela, a empresa pagará mais imposto apenas sobre a parte do faturamento que ultrapassar o limite.
Para o presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Armando Monteiro Neto, a lei geral irá reduzir a informalidade desse segmento. Segundo ele, do jeito que é hoje, as empresas não crescem para não perder o benefício de pequena empresa.
"Isso [a lei atual] condiciona as empresas a não crescerem na formalidade", disse.
A Lei Geral aborda também o cadastro unificado, que prevê o recolhimento unificado dos impostos e contribuições da União, Estados e municípios. Os empresários pedem também a criação de um cadastro integrado e unificado de dados e informações. Esse cadastro serve para reduzir a burocracia e facilitar o processo de abertura e fechamento de empresas.
Também faz parte do texto a ampliação do Simples para que ele possa incluir prestadores de serviço.
O anteprojeto foi feito pela Frente Empresarial pela Lei Geral das Micro e Pequenas empresas é formada por oito confederações --entre elas a CNI e a CNC (Confederação Nacional do Comércio)-- e pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
O documento foi entregue também aos presidentes da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), e do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a lei
Empresários entregam a Lula a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
Publicidade
da Folha Online
Um grupo de empresários entregou hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o anteprojeto de Lei Geral das Micro e Pequenas Empresa, cujo principal objetivo é reduzir a tributação incidente sobre o segmento. O projeto engloba também mecanismos que irão facilitar o crescimento desse segmento.
O movimento para a entrega do anteprojeto ao presidente foi a forma encontrada pelos empresários para pressionar o Palácio do Planalto, já que esse é um assunto analisado pela Casa Civil desde setembro do ano passado.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tinha em 2002 4,9 milhões de empresas. As micro e pequenas empresas representam 99,2% desse total.
A ampliação das faixas de renda bruta para o enquadramento no Simples é um dos temas do anteprojeto. Hoje, para ser enquadrada como microempresa, a empresa não pode faturar mais do que R$ 120 mil por ano. No caso das pequenas, o limite é de R$ 1,2 milhão. O projeto propõe o aumento para R$ 480 mil e R$ 3,2 milhões, respectivamente.
De acordo com o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), o ministro Antonio Palocci (Fazenda) concordou com essa reivindicação --os limites estão inalterados desde 1996.
Além da ampliação das faixas, o anteprojeto institui uma tabela progressiva para as micro e pequenas empresas. Com a tabela, a empresa pagará mais imposto apenas sobre a parte do faturamento que ultrapassar o limite.
Para o presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Armando Monteiro Neto, a lei geral irá reduzir a informalidade desse segmento. Segundo ele, do jeito que é hoje, as empresas não crescem para não perder o benefício de pequena empresa.
"Isso [a lei atual] condiciona as empresas a não crescerem na formalidade", disse.
A Lei Geral aborda também o cadastro unificado, que prevê o recolhimento unificado dos impostos e contribuições da União, Estados e municípios. Os empresários pedem também a criação de um cadastro integrado e unificado de dados e informações. Esse cadastro serve para reduzir a burocracia e facilitar o processo de abertura e fechamento de empresas.
Também faz parte do texto a ampliação do Simples para que ele possa incluir prestadores de serviço.
O anteprojeto foi feito pela Frente Empresarial pela Lei Geral das Micro e Pequenas empresas é formada por oito confederações --entre elas a CNI e a CNC (Confederação Nacional do Comércio)-- e pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
O documento foi entregue também aos presidentes da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), e do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice