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09/06/2005
-
17h33
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A companhia aérea portuguesa TAP confirmou a dificuldade de negociar a regularização dos pagamentos em atraso da Varig com empresas de leasing de aviões. A empresa, entretanto, informou que já esperava pela dificuldade.
Os assessores da TAP disseram que "ninguém esperava que esse processo não tivesse dificuldades". A empresa se mantém otimista sobre a possibilidade de atingir o "objetivo proposto".
No começo de maio, as duas empresas assinaram um memorando de entendimento com o objetivo de capitalizar a Varig. Por esse termo, a TAP poderá ter até 20% do capital da Varig --limite permitido para estrangeiros em companhias aéreas nacionais.
Hoje, em Brasília, o presidente do conselho de administração da Varig, David Zylbersztajn, disse que o maior problema da renegociação da dívida é o tempo. "Nosso pior inimigo é o tempo."
Segundo ele, a empresa está negociando a reestruturação de sua dívida com todos os credores.
A exceção são as empresas de leasing de aviões, que ameaçam retomar aviões da Varig se a empresa não regularizar o pagamento dos contratos de arrendamento.
Ele admitiu, entretanto, que a pressão das empresas de leasing atrapalha a renegociação. "Mas nível de adesão dos outros credores é satisfatório."
A Folha Online apurou que as empresas de leasing querem um comprometimento maior por parte da Varig sobre o pagamento das parcelas em atraso. A retomada dos aviões é apenas o instrumento que elas têm para pressionar a empresa e forçar um acordo.
Leasing.
Os pagamentos da empresa estão em atraso com pelo menos três empresas: IFLC (Internacional Leasing Finance Corporation), Ansett e a Gtax Corporation.
A IFLC, por exemplo, pediu anteontem para a Varig a devolução de 11 aeronaves. Fontes do setor afirmam que a Ansett e a Gtax Corporation devem tomar o mesmo caminho.
Essa negociação com as empresas de leasing estaria sendo conduzida pelo brasileiro Fernando Pinto, da TAP.
A idéia dele era transformar a dívida junto às empresas de leasing em ações da Varig. Se as empresas de leasing não aceitarem a oferta, outros credores poderão começar a pressionar a Varig pelo pagamento de suas dívidas.
A frota da Varig é composta por 82 aeronaves. A dívida da Varig com as empresas de leasing é estimada em cerca de US$ 160 milhões. Só com a IFLC, o arrendamento atinge 11 aeronaves.
TAP confirma dificuldade de negociar com credores da Varig
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da Folha Online
A companhia aérea portuguesa TAP confirmou a dificuldade de negociar a regularização dos pagamentos em atraso da Varig com empresas de leasing de aviões. A empresa, entretanto, informou que já esperava pela dificuldade.
Os assessores da TAP disseram que "ninguém esperava que esse processo não tivesse dificuldades". A empresa se mantém otimista sobre a possibilidade de atingir o "objetivo proposto".
No começo de maio, as duas empresas assinaram um memorando de entendimento com o objetivo de capitalizar a Varig. Por esse termo, a TAP poderá ter até 20% do capital da Varig --limite permitido para estrangeiros em companhias aéreas nacionais.
Hoje, em Brasília, o presidente do conselho de administração da Varig, David Zylbersztajn, disse que o maior problema da renegociação da dívida é o tempo. "Nosso pior inimigo é o tempo."
Segundo ele, a empresa está negociando a reestruturação de sua dívida com todos os credores.
A exceção são as empresas de leasing de aviões, que ameaçam retomar aviões da Varig se a empresa não regularizar o pagamento dos contratos de arrendamento.
Ele admitiu, entretanto, que a pressão das empresas de leasing atrapalha a renegociação. "Mas nível de adesão dos outros credores é satisfatório."
A Folha Online apurou que as empresas de leasing querem um comprometimento maior por parte da Varig sobre o pagamento das parcelas em atraso. A retomada dos aviões é apenas o instrumento que elas têm para pressionar a empresa e forçar um acordo.
Leasing.
Os pagamentos da empresa estão em atraso com pelo menos três empresas: IFLC (Internacional Leasing Finance Corporation), Ansett e a Gtax Corporation.
A IFLC, por exemplo, pediu anteontem para a Varig a devolução de 11 aeronaves. Fontes do setor afirmam que a Ansett e a Gtax Corporation devem tomar o mesmo caminho.
Essa negociação com as empresas de leasing estaria sendo conduzida pelo brasileiro Fernando Pinto, da TAP.
A idéia dele era transformar a dívida junto às empresas de leasing em ações da Varig. Se as empresas de leasing não aceitarem a oferta, outros credores poderão começar a pressionar a Varig pelo pagamento de suas dívidas.
A frota da Varig é composta por 82 aeronaves. A dívida da Varig com as empresas de leasing é estimada em cerca de US$ 160 milhões. Só com a IFLC, o arrendamento atinge 11 aeronaves.
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