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04/07/2000
-
03h07
da Folha de S.Paulo
O principal argumento da defesa do banqueiro Salvatore Alberto Cacciola contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é que o julgamento não admitiu o uso de testemunhas, apenas prova documental.
O advogado Fernando Setembrino diz que vai insistir na tese porque ele quer apresentar outros investidores e ex-funcionários do Marka para provar que todos "conheciam as regras do jogo e sabiam dos riscos" dos fundos agressivos. A defesa não pensa em fazer acordos com os ex-clientes.
"Um banco de investimentos como o Marka, que não tem agências, só é procurado por quem sabe investir. O sujeito pergunta quais as opções e é informado do menu", diz Setembrino. "Tinha investidor com quatro fundos, que ganhou em alguns, só que isso eles não contam ao juiz".
Setembrino informa já ter contestado a maioria dos 30 processos da Justiça Estadual do Rio. Os demais aguardavam citação.
O advogado apresentará um novo recurso (embargo de declaração) contra a decisão que favoreceu o investidor para esgotar a análise do caso na Justiça Estadual e tentar recorrer, então, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Setembrino acha que o "clima desfavorável" dificulta a defesa de Cacciola e que a Justiça tende a ir contra bancos, de maneira geral.
Em São Paulo, a associação dos cotistas lesados do Marka Nikko estima que, dos cerca de 350 membros, mais da metade não moveu ação ainda.
Os ex-clientes temem que o banco Marka, que não está operando mais, não tenha patrimônio para honrar as causas, se for condenado. Mas a acusação argumenta que, nesse caso, a sociedade paga pelo prejuízo.
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"Todos sabiam as regras do jogo", diz advogado de Cacciola
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O principal argumento da defesa do banqueiro Salvatore Alberto Cacciola contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é que o julgamento não admitiu o uso de testemunhas, apenas prova documental.
O advogado Fernando Setembrino diz que vai insistir na tese porque ele quer apresentar outros investidores e ex-funcionários do Marka para provar que todos "conheciam as regras do jogo e sabiam dos riscos" dos fundos agressivos. A defesa não pensa em fazer acordos com os ex-clientes.
"Um banco de investimentos como o Marka, que não tem agências, só é procurado por quem sabe investir. O sujeito pergunta quais as opções e é informado do menu", diz Setembrino. "Tinha investidor com quatro fundos, que ganhou em alguns, só que isso eles não contam ao juiz".
Setembrino informa já ter contestado a maioria dos 30 processos da Justiça Estadual do Rio. Os demais aguardavam citação.
O advogado apresentará um novo recurso (embargo de declaração) contra a decisão que favoreceu o investidor para esgotar a análise do caso na Justiça Estadual e tentar recorrer, então, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Setembrino acha que o "clima desfavorável" dificulta a defesa de Cacciola e que a Justiça tende a ir contra bancos, de maneira geral.
Em São Paulo, a associação dos cotistas lesados do Marka Nikko estima que, dos cerca de 350 membros, mais da metade não moveu ação ainda.
Os ex-clientes temem que o banco Marka, que não está operando mais, não tenha patrimônio para honrar as causas, se for condenado. Mas a acusação argumenta que, nesse caso, a sociedade paga pelo prejuízo.
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