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16/06/2005 - 17h48

Emprego na indústria de SP cresce pelo 5º mês, mas já tem desaceleração

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CLARICE SPITZ
da Folha Online

Pelo quinto mês consecutivo o nível de emprego apresentou crescimento na indústria de transformação do Estado de São Paulo. Entretanto, dados divulgados hoje pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) já mostram que o ritmo de contratação já começa a desacelerar.

A indústria paulista gerou 7.038 novos postos de trabalho em maio, um crescimento de 0,34% em relação a abril, quando a expansão havia sido de 0,61% sobre março. Trata-se do pior desempenho para o mês de maio em seis anos.

Considerando dados com ajuste sazonal, que elimina as características específicas de cada mês, houve um pequeno recuo de 0,06% em relação ao mês anterior. Neste tipo de comparação, o nível de emprego não apresentava queda há 17 meses.

O nível de emprego da indústria paulista continua crescendo, apesar dos consecutivos aumentos dos juros, que foram interrompidos ontem pelo Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central). A taxa básica (Selic) foi mantida em 19,75% ao ano, após nove altas seguidas.

De acordo com o gerente do Departamento de Pesquisas Econômicas, André Rebelo, a expansão do crédito e o volume das exportações foram responsáveis por retardar os efeitos dos juros altos.

Mesmo com a manutenção da taxa básica de juros, Rebelo prevê uma tendência de queda no emprego, por conta dos aumentos dos juros durante o primeiro semestre. "Se mantivermos os empregos que foram criados e não demitirmos, já está bom", afirmou.

Em maio, dos 47 sindicatos que fazem parte da pesquisa da Fiesp, 22 mais contrataram do que demitiram, 16 tiveram desempenho negativo e nove apontaram estabilidade.

Entre os setores que colaboraram com o aumento de emprego no mês, Rebelo destacou o de bebidas, com expansão de 1,74%. Segundo ele, o desempenho do setor se deveu ao impacto da safra da cana sobre a produção de aguardente.

Os setores que tiveram maior queda foram: esquadrias e construções metálicas (-9,06%), calçados de Franca (-3,24%), produtos de cacau e balas (-2,01%) e fiação e tecelagem (-1,83%).

No ano, o setor registra expansão de 2,45% no nível de emprego, com a geração de 50.118 vagas. No acumulado de 12 meses, o índice também é positivo, com alta de 5,63% e 113.119 vagas criadas.

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