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19/06/2005 - 16h54

Schincariol diz que prisões põem em risco sobrevivência da empresa

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da Folha Online

A Schincariol divulgou hoje nota em que afirma que a ação da Polícia Federal e da Receita Federal deflagrada na semana passada, que levou à prisão dezenas de funcionários da cervejaria, põe em risco a sobrevivência da empresa.

No último dia 15, durante a "Operação Cevada", a PF prendeu cerca de 70 funcionários da empresa, incluindo cinco membros da família Schincariol --Adriano (diretor-superintendente), Alexandre (diretor de RH), Gilberto (vice-presidente), Gilberto Júnior e José Augusto-- e outros três diretores --José Rosan Domingos Francischineli (financeiro), José de Assis Carvalho (administrativo) e outro identificado pelo nome de Carlos Rafael (diretor da fábrica do Rio de Janeiro).

"Os demais diretores, funcionários e os 7.000 operários (diretos) da Schincariol, e 25.000 indiretos (distribuidores, fornecedores e prestadores de serviços), estão apreensivos com as prisões de seus companheiros dirigentes, porquanto, além de injustas, posto que desnecessárias, colocam em risco a própria sobrevivência da empresa, quer pela impossibilidade de ser administrada, quer pela impossibilidade de honrar seus compromissos com fornecedores, fisco e próprios empregados", afirma a nota divulgada pela Schincariol hoje e que será publicada nos principais jornais brasileiros amanhã.

Os advogados da Schincariol também afirmam que não tiveram até agora acesso aos autos do inquérito policial. Eles estiveram reunidos neste fim de semana para traçar a estratégia de defesa a ser adotada no caso enquanto os diretores permanecerem detidos.

Durante a reunião de avaliação, um dos pontos questionados pelos advogados foi que, "ao mesmo tempo em que a defesa permanece sem acesso aos autos, ocorreu o vazamento de informações sigilosas contidas no inquérito, tornando os suspeitos culpados perante a opinião pública antes que houvesse julgamento nos termos da lei".

"Operação Cevada"

Segundo o superintendente-adjunto da Receita Federal em São Paulo, Ronaldo Lomônaco, os donos da Schincariol são suspeitos de participar de um esquema de sonegação fiscal que teria desviado R$ 1 bilhão dos cofres públicos nos últimos cinco anos.

Além do crime de sonegação fiscal, a família Schincariol também é suspeita de estar envolvida nos crimes de evasão de divisas, formação de quadrilha e corrupção ativa de funcionários públicos.

O Ministério Público Federal irá oferecer denúncia contra a família, a princípio, pela suspeita de crime de formação de quadrilha com possível conexão com o crime de corrupção ativa. A pena para a formação de quadrilha varia de um a três anos. Para corrupção ativa, a pena vai de dois a 12 anos.

A Receita e a PF informaram que a Schincariol continua funcionando normalmente pois as fábricas não foram lacradas.

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