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22/06/2005 - 13h54

Maior complexo gás-químico da América Latina será inaugurado amanhã

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

Será inaugurada oficialmente amanhã a Rio Polímeros, maior complexo gás-químico da América Latina.

Localizada em Duque de Caxias (RJ), a Riopol, como ficou conhecida a empresa, vai produzir polietilenos, a matéria-prima usada na produção de artefatos e embalagens de plásticos. As principais aplicações das resinas são sacolas de supermercado, frascos para produtos de higiene e limpeza, embalagens para alimentos básicos, para papel higiênico e guardanapos e composição de fraldas descartáveis.

A empresa inicia suas operações com uma carteira de 300 clientes, concentrados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O controle acionário da empresa é dividido entre Suzano Petroquímica (33,3%), Unipar (33,3%), Petroquisa (16,7%) e BNDESPar (16,7%).

A estrutura acionária da empresa, no entanto, pode sofrer mudanças. A Petroquisa já manifestou interesse em adquirir a parte do BNDESPar. Segundo o diretor financeiro, Abraham Zagury, a política do BNDESPar sempre foi de estimular a realização de grandes empreendimentos e transferir o controle. Nesse caso, os acionistas, entre eles a Petroquisa, têm direito de preferência.

Esta é a primeira planta de produção de polietileno que usa o gás natural como matéria-prima. O projeto foi idealizado há mais de 20 anos e é também a primeira planta integrada, que reúne primeira geração (produção de eteno) e segunda geração (produção de polietileno). O consumo de gás é estimado em 1,5 milhão de metros cúbicos por dia.

Os investimentos somaram US$ 1,08 bilhão. Segundo o diretor superintendente da Rio Polímeros, João Brandão, a produção deste ano deve atingir 180 mil toneladas. Deste total, 54 mil serão exportadas. A empresa deverá abastecer de 18% a 20% do mercado nacional. Para 2006, a previsão é de que a produção atinja 540 mil toneladas e o faturamento, US$ 650 milhões.

A empresa já tem um contrato fechado com a trading norte-americana Vinmar International para a exportação de polietilenos para o mercado externo nos próximos dez anos. As exportações deverão absorver 30% da produção.

Consumo deve crescer

Os executivos da empresa estimam que o consumo de polietileno no Brasil crescerá 7% em 2005. "O mercado de polietileno no início deste ano está um pouco parado. Com o crescimento do PIB de 3%, o crescimento da demanda deve chegar a 7%, com uma proporção de 2,5 vezes o PIB", afirmou Brandão.

A localização da empresa, próxima da bacia de Campos, de onde virá a matéria-prima, e do mercado consumidor do Sudeste, favoreceu a atração de seis indústrias de plástico para a região. Elas estão atualmente em fase de implantação e deverão consumir de 3 mil a 4 mil toneladas por mês de polietileno. Segundo o diretor comercial, Eduardo Berkovitz, entre as que manifestaram interesse e já iniciaram a construção, existem 22 empresas interessadas.

O financiamento da Rio Polímeros foi feito via "project finance". Neste caso, a garantia do pagamento do empréstimo é a própria geração de lucro do projeto. O capital próprio foi de US$ 430 milhões. O BNDES emprestou US$ 284 milhões, o Ex-Im Bank (EUA) financiou US$ 198 milhões e o Sindicato de bancos liderados pelo BNPP emprestou US$ 170 milhões.

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