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08/07/2005
-
16h09
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A inflação para os consumidores da terceira idade foi mais alta do que a verificada no varejo no segundo trimestre, revela a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em sua segunda divulgação, o IPC3I (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade) registrou alta de 1,83%, a maior taxa verificada na série histórica trimestral, iniciada em julho do ano passado.
Segundo o coordenador do IPC, André Braz, a concentração de reajustes de tarifas, como a de energia elétrica, e o aumento nos preços dos medicamentos pressionaram a inflação dos consumidores da terceira idade. "Esses itens pesam mais no orçamento dos idosos e, portanto, o impacto foi maior", disse. No segundo trimestre, o varejo registrou alta de 1,62%.
As maiores influências na formação da taxa do segundo trimestre vieram da tarifa de energia elétrica, do aumento no salário de empregadas domésticas mensalistas, do plano e seguro saúde e de remédios para pressão arterial.
Os remédios foram reajustados em três faixas, cujos índices máximos permitidos são de 5,89%, 6,64% e 7,39%, dependendo da categoria em que o produto estiver enquadrado. No IPC3I, os medicamentos passaram de -0,19% no primeiro trimestre para 5,7% no segundo. De acordo com a fundação, o impacto é maior nas famílias de orçamento menor.
Nem mesmo o impacto do arrefecimento nos preços dos alimentos foi capaz de compensar o reajuste dos administrados, que de forma geral têm peso superior no orçamento dos idosos. O grupo alimentação passou de 2,97% no primeiro trimestre para 1,35%. Entre as dez maiores influências negativas, sete pertencem a alimentos, como peixe, arroz, cenoura e abacaxi.
Segundo Braz, a tendência é que a terceira idade volte a enfrentar uma inflação mais alta do que a do varejo em geral no próximo trimestre porque os reajustes previstos têm peso maior na cesta de produtos consumidos pelos idosos. 'Para o futuro, estamos esperando o impacto de telefone fixo e efeitos de entressafra, como no preço do leite', disse.
Além disso, o recuo previsto para os itens de vestuário deverá exercer impacto menor no IPC3I porque o comprometimento da renda com roupas nesse grupo social é menor, segundo a FGV.
O IPC-3I foi calculado a partir dos dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) 2002/2003. Os dados foram coletados em 1.384 famílias com pelo menos 50% de pessoas com 60 anos ou mais de idade. As famílias consultadas têm renda entre um e 33 salários mínimos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre índices de inflação da FGV
Inflação para idosos supera a do varejo no trimestre, diz FGV
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da Folha Online, no Rio
A inflação para os consumidores da terceira idade foi mais alta do que a verificada no varejo no segundo trimestre, revela a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em sua segunda divulgação, o IPC3I (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade) registrou alta de 1,83%, a maior taxa verificada na série histórica trimestral, iniciada em julho do ano passado.
Segundo o coordenador do IPC, André Braz, a concentração de reajustes de tarifas, como a de energia elétrica, e o aumento nos preços dos medicamentos pressionaram a inflação dos consumidores da terceira idade. "Esses itens pesam mais no orçamento dos idosos e, portanto, o impacto foi maior", disse. No segundo trimestre, o varejo registrou alta de 1,62%.
As maiores influências na formação da taxa do segundo trimestre vieram da tarifa de energia elétrica, do aumento no salário de empregadas domésticas mensalistas, do plano e seguro saúde e de remédios para pressão arterial.
Os remédios foram reajustados em três faixas, cujos índices máximos permitidos são de 5,89%, 6,64% e 7,39%, dependendo da categoria em que o produto estiver enquadrado. No IPC3I, os medicamentos passaram de -0,19% no primeiro trimestre para 5,7% no segundo. De acordo com a fundação, o impacto é maior nas famílias de orçamento menor.
Nem mesmo o impacto do arrefecimento nos preços dos alimentos foi capaz de compensar o reajuste dos administrados, que de forma geral têm peso superior no orçamento dos idosos. O grupo alimentação passou de 2,97% no primeiro trimestre para 1,35%. Entre as dez maiores influências negativas, sete pertencem a alimentos, como peixe, arroz, cenoura e abacaxi.
Segundo Braz, a tendência é que a terceira idade volte a enfrentar uma inflação mais alta do que a do varejo em geral no próximo trimestre porque os reajustes previstos têm peso maior na cesta de produtos consumidos pelos idosos. 'Para o futuro, estamos esperando o impacto de telefone fixo e efeitos de entressafra, como no preço do leite', disse.
Além disso, o recuo previsto para os itens de vestuário deverá exercer impacto menor no IPC3I porque o comprometimento da renda com roupas nesse grupo social é menor, segundo a FGV.
O IPC-3I foi calculado a partir dos dados da POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) 2002/2003. Os dados foram coletados em 1.384 famílias com pelo menos 50% de pessoas com 60 anos ou mais de idade. As famílias consultadas têm renda entre um e 33 salários mínimos.
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