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15/07/2005
-
16h42
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Henrique Pizzolato deve renunciar ainda hoje à presidência do conselho deliberativo da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Se confirmada, a renúncia será oficializada um dia depois dele se afastar da diretoria de marketing e comunicação do Banco do Brasil alegando que "iria se aposentar".
A saída de Pizzolato da Previ ainda não foi oficializada pelo fundo. Mas diretores e conselheiros da Previ confirmaram essa informação para a reportagem.
A FolhaOnline apurou que Pizzolato estava sendo pressionado nos últimos dias pela diretoria da Previ a renunciar à presidência do conselho deliberativo --um dos cargos mais importantes dentro da estrutura hierárquica do fundo. Nas votações do conselho deliberativo, em caso de divergência, cabe ao presidente decidir a questão, já que tem direito ao chamado "voto de minerva".
Segundo conselheiros da Previ, o estatuto da entidade impede o Banco do Brasil --patrocinador do fundo-- de afastar Pizzolato do conselho deliberativo. Uma vez indicado para o cargo, o presidente do conselho tem um mandato a cumprir. Para tirá-lo do posto seria necessário abrir um processo para apurar irregularidades no exercício da função, o que poderia prejudicar a fundação.
Para evitar esse desgaste os diretores da Previ passaram os últimos dias convencendo Pizzolato que a renúncia seria a melhor saída tanto para ele como para o fundo de pensão.
Além disso, segundo conselheiros, a saída de Pizzolato do BB criaria outro impedimento estatutário para sua permanência na Previ. É que ele precisaria estar na ativa para ocupar o cargo.
A imagem de Pizzolato dentro do BB começou a desgastar no ano passado, quando ele foi apontado como o idealizador do patrocínio do show da dupla Zezé di Camargo e Luciano na churrascaria Porcão, em Brasília (DF). O dinheiro arrecadado no show seria revertido para a construção da nova sede do PT. Na ocasião, os diretores do BB foram acusados de improbidade administrativa.
Recentemente, Fernanda Karina Sommagio, ex-secretária do publicitário Marcos Valério, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como operador do "mensalão", disse que Pizzolato fazia parte do círculo de contatos que o empresário tinha no governo.
Coincidência ou não, a saída de Pizzolato ocorreu logo depois do afastamento outros dois vice-presidentes do BB que tinham ligações com o PT: Edson Monteiro e Luiz Eduardo Franco de Abreu, respectivamente, das vice-presidências de varejo e de finanças.
No entanto, o BB descarta qualquer relação entre a crise política e o afastamento dos dois vice-presidentes. O BB informou que Monteiro também pediu para se aposentar e que Abreu alegou motivos pessoais para deixar o banco.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Henrique Pizzolato
Leia a cobertura completa sobre o "mensalão"
Pizzolato deve renunciar ao conselho da Previ logo depois de se afastar do BB
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da Folha Online
Henrique Pizzolato deve renunciar ainda hoje à presidência do conselho deliberativo da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Se confirmada, a renúncia será oficializada um dia depois dele se afastar da diretoria de marketing e comunicação do Banco do Brasil alegando que "iria se aposentar".
A saída de Pizzolato da Previ ainda não foi oficializada pelo fundo. Mas diretores e conselheiros da Previ confirmaram essa informação para a reportagem.
A FolhaOnline apurou que Pizzolato estava sendo pressionado nos últimos dias pela diretoria da Previ a renunciar à presidência do conselho deliberativo --um dos cargos mais importantes dentro da estrutura hierárquica do fundo. Nas votações do conselho deliberativo, em caso de divergência, cabe ao presidente decidir a questão, já que tem direito ao chamado "voto de minerva".
Segundo conselheiros da Previ, o estatuto da entidade impede o Banco do Brasil --patrocinador do fundo-- de afastar Pizzolato do conselho deliberativo. Uma vez indicado para o cargo, o presidente do conselho tem um mandato a cumprir. Para tirá-lo do posto seria necessário abrir um processo para apurar irregularidades no exercício da função, o que poderia prejudicar a fundação.
Para evitar esse desgaste os diretores da Previ passaram os últimos dias convencendo Pizzolato que a renúncia seria a melhor saída tanto para ele como para o fundo de pensão.
Além disso, segundo conselheiros, a saída de Pizzolato do BB criaria outro impedimento estatutário para sua permanência na Previ. É que ele precisaria estar na ativa para ocupar o cargo.
A imagem de Pizzolato dentro do BB começou a desgastar no ano passado, quando ele foi apontado como o idealizador do patrocínio do show da dupla Zezé di Camargo e Luciano na churrascaria Porcão, em Brasília (DF). O dinheiro arrecadado no show seria revertido para a construção da nova sede do PT. Na ocasião, os diretores do BB foram acusados de improbidade administrativa.
Recentemente, Fernanda Karina Sommagio, ex-secretária do publicitário Marcos Valério, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como operador do "mensalão", disse que Pizzolato fazia parte do círculo de contatos que o empresário tinha no governo.
Coincidência ou não, a saída de Pizzolato ocorreu logo depois do afastamento outros dois vice-presidentes do BB que tinham ligações com o PT: Edson Monteiro e Luiz Eduardo Franco de Abreu, respectivamente, das vice-presidências de varejo e de finanças.
No entanto, o BB descarta qualquer relação entre a crise política e o afastamento dos dois vice-presidentes. O BB informou que Monteiro também pediu para se aposentar e que Abreu alegou motivos pessoais para deixar o banco.
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