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19/07/2005
-
18h47
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A valorização do real já derrubou as exportações de têxteis e eletroeletrônicos. Os primeiros sinais do efeito negativo do câmbio sobre as vendas externas desses dois setores foram sentidos ainda no primeiro semestre do ano. Para representantes da indústria têxtil e de eletroeletrônicos, a situação deve piorar ainda mais daqui para a frente.
Em junho, empresas brasileiras do setor têxtil exportaram US$ 144 milhões, uma queda de 6% em relação ao mesmo mês de 2004, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção).
O diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel, disse que valorização do real cambial diminui a remuneração do exportador. "E também dificultou o ingresso de novas empresas no mercado externo e a expansão dos negócios de quem já vende para fora."
Essa desaceleração nas exportações também foi sentida pelo setor de eletroeletrônicos. De janeiro a abril, as exportações do setor totalizaram US$ 186,3 milhões, uma diminuição de 2% frente ao mesmo período do ano passado, segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).
A Eletros informou que a valorização do real já resultou no cancelamento de contratos de exportação. A Eletros estima que até o final do ano o setor deixe de exportar cerca de 1 milhão de produtos --o equivalente a cerca de US$ 150 milhões.
Entre os produtos mais prejudicados pela queda das exportações estão as lavadoras automáticas e secadoras de roupa, liqüidificadores, televisores, CD players, rádios-gravadores, entre outros.
Para Paulo Saab, presidente da Eletros, disse que a manutenção desse cenário reduzirá o saldo da balança comercial. "A balança será pressionada também pelo incremento das importações."
No mercado interno, as vendas de eletroeletrônicos no primeiro trimestre cresceram 11,76% comparado a igual período do ano passado. O setor que mais se destacou foi o de imagem e som, com aumento nas vendas de 27,57%.
Para 2005, a Eletros projeta um crescimento nas vendas para o comércio varejista interno de 8,5% a 10% em relação a 2004. "Se houver uma redução das taxas de juros a partir de setembro, a demanda no varejo deve crescer nesse período para atender as encomendas do Natal."
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Em junho, empresas brasileiras do setor têxtil exportaram US$ 144 milhões, uma queda de 6% em relação ao mesmo mês de 2004, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção).
O diretor-superintendente da Abit, Fernando Pimentel, disse que valorização do real cambial diminui a remuneração do exportador. "E também dificultou o ingresso de novas empresas no mercado externo e a expansão dos negócios de quem já vende para fora."
Essa desaceleração nas exportações também foi sentida pelo setor de eletroeletrônicos. De janeiro a abril, as exportações do setor totalizaram US$ 186,3 milhões, uma diminuição de 2% frente ao mesmo período do ano passado, segundo a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).
A Eletros informou que a valorização do real já resultou no cancelamento de contratos de exportação. A Eletros estima que até o final do ano o setor deixe de exportar cerca de 1 milhão de produtos --o equivalente a cerca de US$ 150 milhões.
Entre os produtos mais prejudicados pela queda das exportações estão as lavadoras automáticas e secadoras de roupa, liqüidificadores, televisores, CD players, rádios-gravadores, entre outros.
Para Paulo Saab, presidente da Eletros, disse que a manutenção desse cenário reduzirá o saldo da balança comercial. "A balança será pressionada também pelo incremento das importações."
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