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21/07/2005
-
11h40
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A dívida do governo em títulos ultrapassou os R$ 900 bilhões pela primeira vez. Em junho, essa dívida cresceu 1,98%, ou R$ 17,58 bilhões, e chegou a R$ 905,51 bilhões.
Apesar de ter atingido esse patamar, a trajetória da dívida está dentro do planejado pelo Tesouro Nacional. De cordo com o PAF (Plano de Financiamento Anual), a dívida mobiliária (títulos) irá encerrar o ano entre R$ 940 bilhões e R$ 1 trilhão.
'Em linhas gerais, a gente está dentro do plano de financiamento', lembrou Paulo Valle, coordenador-geral da dívida.
A maior parte desse aumento (R$ 13,28 bilhões) é conseqüência da incidência de juros sobre a dívida. Entre setembro do ano passado e maio deste ano, a taxa básica de juros, a Selic, passou por nove elevações e agora está em 19,75%. O fato da Selic estar em um patamar muito elevado é danoso para a dívida pública porque mais da meta dos títulos são remunerados por essa taxa. Ou seja, quando mais sobe, mais alta fica a dívida brasileira.
Só no primeiro semestre a dívida mobiliária do governo cresceu R$ 95,52 bilhões.
Apesar disso, houve uma pequena queda na parcela da dívida que é formada por esses títulos, que são os pós-fixados e oscilam com as mudanças de humores no mercado. Eles passaram de 57,24% para 56,56% do total. Isso ocorreu porque o Tesouro conseguiu retirar do mercado no mês passado R$ 4,3 bilhões de LFTs (Letras Financeiras do Tesouro, que seguem a Selic).
Essa participação já está próxima ao teto do PAF, em que prevê que a dívida pós-fixada deve ficar entre 47% e 57% do total.
Já a parcela da dívida prefixada subiu de 22,05% para 22,95%. A estratégia do Tesouro é aumentar a participação desses títulos. Como sabe com antecedência o quanto irá pagar, fica mais fácil para o governo programar esse gasto.
A parcela da dívida atrelada a variação de moedas estrangeiras como o dólar caiu para 4,12%, contra 4,27% do mês anterior. Essa parcela já chegou a 40% em 2002. O resgate da dívida cambial entre janeiro e hoje soma US$ 15,08 bilhões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a dívida pública
Dívida do governo em títulos ultrapassa R$ 900 bilhões pela 1ª vez
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da Folha Online, em Brasília
A dívida do governo em títulos ultrapassou os R$ 900 bilhões pela primeira vez. Em junho, essa dívida cresceu 1,98%, ou R$ 17,58 bilhões, e chegou a R$ 905,51 bilhões.
Apesar de ter atingido esse patamar, a trajetória da dívida está dentro do planejado pelo Tesouro Nacional. De cordo com o PAF (Plano de Financiamento Anual), a dívida mobiliária (títulos) irá encerrar o ano entre R$ 940 bilhões e R$ 1 trilhão.
'Em linhas gerais, a gente está dentro do plano de financiamento', lembrou Paulo Valle, coordenador-geral da dívida.
A maior parte desse aumento (R$ 13,28 bilhões) é conseqüência da incidência de juros sobre a dívida. Entre setembro do ano passado e maio deste ano, a taxa básica de juros, a Selic, passou por nove elevações e agora está em 19,75%. O fato da Selic estar em um patamar muito elevado é danoso para a dívida pública porque mais da meta dos títulos são remunerados por essa taxa. Ou seja, quando mais sobe, mais alta fica a dívida brasileira.
Só no primeiro semestre a dívida mobiliária do governo cresceu R$ 95,52 bilhões.
Apesar disso, houve uma pequena queda na parcela da dívida que é formada por esses títulos, que são os pós-fixados e oscilam com as mudanças de humores no mercado. Eles passaram de 57,24% para 56,56% do total. Isso ocorreu porque o Tesouro conseguiu retirar do mercado no mês passado R$ 4,3 bilhões de LFTs (Letras Financeiras do Tesouro, que seguem a Selic).
Essa participação já está próxima ao teto do PAF, em que prevê que a dívida pós-fixada deve ficar entre 47% e 57% do total.
Já a parcela da dívida prefixada subiu de 22,05% para 22,95%. A estratégia do Tesouro é aumentar a participação desses títulos. Como sabe com antecedência o quanto irá pagar, fica mais fácil para o governo programar esse gasto.
A parcela da dívida atrelada a variação de moedas estrangeiras como o dólar caiu para 4,12%, contra 4,27% do mês anterior. Essa parcela já chegou a 40% em 2002. O resgate da dívida cambial entre janeiro e hoje soma US$ 15,08 bilhões.
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