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26/07/2005 - 10h12

Crise política faz dólar encostar nos R$ 2,50; Bovespa sobe 0,08%

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da Folha Online

A cautela do mercado com a crise política doméstica fez o dólar voltar a encostar nos R$ 2,50. Às 10h13 desta terça-feira, tinha valorização de 0,73%, para R$ 2,480 na venda, depois de iniciar o dia a R$ 2,503. A moeda norte-americana vem subindo desde a terça-feira da semana passada.

A Bolsa de Valores de São Paulo, que ontem fechou com perdas de 3,39%, abriu em baixa de 0,09% hoje, mas há pouco mudava de direção e subia 0,08% tentando uma recuperação.

As ameaças do publicitário Marcos Valério de revelar o esquema de corrupção no governo elevaram o temor de que as denúncias atinjam diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Marcos Valério de Souza é apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos principais operadores do "mensalão".

"Tecnicamente, não vejo nada que explique esse movimento [do dólar], a não ser a questão política", afirmou João Medeiros, da corretora Pionner.

Segundo Mário Battistel, da corretora Novação, o mercado começou a "reverter" posições no câmbio. "Quem tem dívida vencendo correu para comprar dólares e quem tem moeda para vender, como os exportadores, está segurando", disse.

Hoje, uma das sócias das agências de publicidade SMPB e DNA, Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza, mulher do empresário Marcos Valério de Souza, será ouvida pelos integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios.

Renilda tentou até o fim evitar o depoimento. Na semana passada, Marcos Valério buscou negociar com a cúpula da CPI para barrar o testemunho de Renilda e da diretora-financeira Simone Vasconcelos, da SMPB, apontada pela ex-secretária Fernanda Karina Somaggio como um das responsáveis pela distribuição de recursos em Brasília.

Miriam Tavares, da corretora AGK, avalia que hoje o mercado de câmbio doméstico deve operar com pouco volume de negócios, muita cautela e volatilidade enquanto acompanha o depoimento de Renilda Santiago à CPI Mista dos Correios.

"O temor dos investidores de que as denúncias de corrupção envolvam diretamente o presidente Lula e o ministro Palocci e que a crise política acabe por contaminar a economia do país devem manter o clima de atenção e cautela", avalia.

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