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27/07/2005 - 21h18

Presidente da Embraer diz desconhecer saída de Pizzolato de conselho

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FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos

O presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse que não foi informado sobre a saída de Henrique Pizzolato do conselho de administração da empresa. Pizzolato é um dos dois representantes da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) na fabricante de jatos. O afastamento dele foi decidido pela Previ na semana passada, após denúncias de suposto envolvimento dele no escândalo do "mensalão".

"Não é assim que as coisas se passam. Ele [Pizzolato] é um conselheiro indicado e eleito por assembléia geral e há duas maneiras dele sair: ele pede demissão ou uma nova assembléia geral o retira. Mas até agora não tenho notícias", disse Botelho durante cerimônia de entrega de um jato à empresa de aviação comercial canadense Air Canada, realizada em São José dos Campos (91 km de São Paulo), onde está a sede da Embraer.

A Previ já encaminhou correspondência a Pizzolato sugerindo que ele peça demissão do cargo de conselheiro da Embraer. Caso ele não aceite, uma assembléia geral deverá convocada para destituí-lo. A reportagem não conseguiu localizar Pizzolato para que comentasse o assunto.

Filiado ao PT, Pizzolato era diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil e presidente do conselho deliberativo da Previ. No dia 15 de julho ele pediu aposentadoria, após a imprensa divulgar que um contínuo do fundo, atendendo a uma ordem dele, sacou R$ 327 mil de uma conta da DNA Propaganda no Banco Rural. Dias depois, Pizzolato adquiriu um apartamento de R$ 400 mil --ele nega que o dinheiro sacado tenha sido usado na compra do imóvel.

A DNA é uma das empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o operador do "mensalão".

Apesar de aposentado, Pizzolato poderia continuar representando o fundo na Embraer. A decisão de afastá-lo, entretanto, partiu da direção da Previ, que tem à frente outro petista, Sérgio Rosa, e foi referendada pelo conselho deliberativo na semana passada.

No domingo, em entrevista à Folha, Pizzolato acusou a direção do fundo de fechar contratos para atender a interesses políticos e governamentais. Rosa negou as acusações.
 

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