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28/07/2005
-
15h00
CLARICE SPITZ
da Folha Online
O nível de atividade da indústria paulista apresentou alta de 2,2% em junho frente a maio, segundo dados que consideram as diferenças típicas de cada época, divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Sem considerar os efeitos sazonais, o avanço foi de 1,7%. No ano, a atividade acumulou crescimento de 4,6%.
Apesar de surpreender, a expansão em junho, que ocorre após a relativa estabilidade de maio (0,1%), não chega a empolgar o empresariado.
"Consideramos esse percentual um ponto fora da curva", afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, ressaltando que a tendência ainda é de desaquecimento da indústria.
No mês de junho, as vendas reais (descontadas a inflação do período) subiram 5,7% de maio para junho e aumentaram 15,8% na comparação com igual mês do ano passado. No semestre, as vendas apontam expansão de 12,8% em relação a igual período de 2004.
Mesmo assim, o ânimo dos empresários não se altera.
Segundo Francini, a previsão de que o índice termine o ano com uma taxa de crescimento de 4% foi mantida.
Em junho, Francini credita o resultado de junho ao bom desempenho dos setores de produtos químicos, petroquímicos e farmacêuticos (5,6%), veículos automotores (4,6%), entre outros. Sem a contribuição desses setores, diz ele, o indicador de nível de atividade ficaria em 1,5%.
Ao citar a 156ª Sondagem da Indústria de Transformação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Francini afirma que o alto índice de atividade na indústria pode ter servido para criação de estoques. "Pode-se pensar que estamos com vigor na indústria, quando na verdade estão se constituindo estoques para ficar parados", afirma.
Para o diretor-adjunto do Departamento de Economia do Ciesp, Antonio Corrêa de Lacerda, os bons resultados de junho podem ser explicados ainda como efeito da expansão do crédito e das exportações.
"Não estamos aproveitando a conjuntura internacional de ampla liquidez, com juros muito baixos e crescimento expressivo das exportações", afirmou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o INA
Atividade na indústria de SP cresce, mas não empolga empresários
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da Folha Online
O nível de atividade da indústria paulista apresentou alta de 2,2% em junho frente a maio, segundo dados que consideram as diferenças típicas de cada época, divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).
Sem considerar os efeitos sazonais, o avanço foi de 1,7%. No ano, a atividade acumulou crescimento de 4,6%.
Apesar de surpreender, a expansão em junho, que ocorre após a relativa estabilidade de maio (0,1%), não chega a empolgar o empresariado.
"Consideramos esse percentual um ponto fora da curva", afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, ressaltando que a tendência ainda é de desaquecimento da indústria.
No mês de junho, as vendas reais (descontadas a inflação do período) subiram 5,7% de maio para junho e aumentaram 15,8% na comparação com igual mês do ano passado. No semestre, as vendas apontam expansão de 12,8% em relação a igual período de 2004.
Mesmo assim, o ânimo dos empresários não se altera.
Segundo Francini, a previsão de que o índice termine o ano com uma taxa de crescimento de 4% foi mantida.
Em junho, Francini credita o resultado de junho ao bom desempenho dos setores de produtos químicos, petroquímicos e farmacêuticos (5,6%), veículos automotores (4,6%), entre outros. Sem a contribuição desses setores, diz ele, o indicador de nível de atividade ficaria em 1,5%.
Ao citar a 156ª Sondagem da Indústria de Transformação da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Francini afirma que o alto índice de atividade na indústria pode ter servido para criação de estoques. "Pode-se pensar que estamos com vigor na indústria, quando na verdade estão se constituindo estoques para ficar parados", afirma.
Para o diretor-adjunto do Departamento de Economia do Ciesp, Antonio Corrêa de Lacerda, os bons resultados de junho podem ser explicados ainda como efeito da expansão do crédito e das exportações.
"Não estamos aproveitando a conjuntura internacional de ampla liquidez, com juros muito baixos e crescimento expressivo das exportações", afirmou.
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