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05/08/2005
-
10h41
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A economia americana gerou 207 mil empregos em julho, maior número desde fevereiro, quando surgiram 300 mil novos empregos nos EUA, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta sexta-feira.
O desemprego no país se manteve em 5%, mesmo patamar de junho, segundo o departamento. As novas vagas surgiram principalmente nos setores de varejo, educação e serviços de saúde, atividades financeiras e construção. Nas fábricas do país, no entanto, julho foi o segundo mês consecutivo de fechamento de postos de trabalho.
De acordo com os dados divulgados hoje, o furacão Dennis, que atravessou os Estados da Flórida, do Alabama e do Mississippi, "não teve efeito perceptível" nos números sobre emprego de julho.
As revisões feitas nos números de junho e maio mostraram que a criação de empregos nos país nesses meses foi maior que a esperada. Em junho, foram criados 166 mil empregos (contra a estimativa inicial de 146 mil) e em maio, 126 mil (depois de uma estimativa inicial fraca, 78 mil).
O dado de julho ficou acima do esperado pelos analistas, que previam a criação de 180 mil empregos.
O departamento também mostrou que os desempregados nos EUA gastaram cerca de 17,6 semanas procurando trabalho, contra as 17,1 semanas gastas na procura por emprego em junho. Os ganhos por hora trabalhada subiram 0,4% no mês passado, maior aumento em um ano.
Os dados sobre emprego de julho mostram também que os preços da energia não estão travando a criação de empregos. Na quarta-feira, o preço do barril do petróleo --principal responsável pela guinada ascendente dos preços da energia nos EUA nos últimos meses-- registrou o recorde de US$ 62,50.
Fed
Com o mercado de trabalho nos EUA ganhando força --sinalizando um aumento potencial no consumo nos próximos meses--, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) deve aumentar sua taxa de juros, pela décima vez consecutiva, em mais 0,25 ponto percentual, para conter pressões inflacionárias no país.
Desde junho do ano passado, o banco vem elevando seus juros nesse ritmo em todas as reuniões do Fomc (sigla em inglês para o Comitê de Política Monetária do Fed) e a taxa já passou de 1% ao ano então para os atuais 3,25% ao ano.
Recessão
O mercado de trabalho foi um dos pontos da economia americana que ainda enfrenta dificuldades para superar os efeitos da recessão que o país atravessou em 2001.
O presidente americano, George W. Bush, precisa ver um desempenho mais sólido do mercado de trabalho no país para conseguir maior apoio para seu plano de reforma da previdência, que consiste em um sistema de privatização parcial, baseado em contas individuais administradas pelos próprios contribuintes que poderiam investir na Bolsa.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o mercado de trabalho nos EUA
Economia dos EUA gera 207 mil empregos em julho; desemprego fica em 5%
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da Folha Online
A economia americana gerou 207 mil empregos em julho, maior número desde fevereiro, quando surgiram 300 mil novos empregos nos EUA, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta sexta-feira.
O desemprego no país se manteve em 5%, mesmo patamar de junho, segundo o departamento. As novas vagas surgiram principalmente nos setores de varejo, educação e serviços de saúde, atividades financeiras e construção. Nas fábricas do país, no entanto, julho foi o segundo mês consecutivo de fechamento de postos de trabalho.
De acordo com os dados divulgados hoje, o furacão Dennis, que atravessou os Estados da Flórida, do Alabama e do Mississippi, "não teve efeito perceptível" nos números sobre emprego de julho.
As revisões feitas nos números de junho e maio mostraram que a criação de empregos nos país nesses meses foi maior que a esperada. Em junho, foram criados 166 mil empregos (contra a estimativa inicial de 146 mil) e em maio, 126 mil (depois de uma estimativa inicial fraca, 78 mil).
O dado de julho ficou acima do esperado pelos analistas, que previam a criação de 180 mil empregos.
O departamento também mostrou que os desempregados nos EUA gastaram cerca de 17,6 semanas procurando trabalho, contra as 17,1 semanas gastas na procura por emprego em junho. Os ganhos por hora trabalhada subiram 0,4% no mês passado, maior aumento em um ano.
Os dados sobre emprego de julho mostram também que os preços da energia não estão travando a criação de empregos. Na quarta-feira, o preço do barril do petróleo --principal responsável pela guinada ascendente dos preços da energia nos EUA nos últimos meses-- registrou o recorde de US$ 62,50.
Fed
Com o mercado de trabalho nos EUA ganhando força --sinalizando um aumento potencial no consumo nos próximos meses--, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) deve aumentar sua taxa de juros, pela décima vez consecutiva, em mais 0,25 ponto percentual, para conter pressões inflacionárias no país.
Desde junho do ano passado, o banco vem elevando seus juros nesse ritmo em todas as reuniões do Fomc (sigla em inglês para o Comitê de Política Monetária do Fed) e a taxa já passou de 1% ao ano então para os atuais 3,25% ao ano.
Recessão
O mercado de trabalho foi um dos pontos da economia americana que ainda enfrenta dificuldades para superar os efeitos da recessão que o país atravessou em 2001.
O presidente americano, George W. Bush, precisa ver um desempenho mais sólido do mercado de trabalho no país para conseguir maior apoio para seu plano de reforma da previdência, que consiste em um sistema de privatização parcial, baseado em contas individuais administradas pelos próprios contribuintes que poderiam investir na Bolsa.
Com agências internacionais
Especial
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