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10/08/2005 - 19h16

Vale do Rio Doce fecha semestre com lucro recorde de R$ 5,1 bi

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

A Vale do Rio Doce registrou lucro líquido recorde de R$ 5,1 bilhões no primeiro semestre. A marca anterior havia sido obtida no primeiro semestre do ano passado, quando a companhia havia lucrado R$ 2,637 bilhões.

O lucro líquido do segundo trimestre também foi recorde: R$ 3,479 bilhões. A marca anterior era de R$ 2,296 bilhões no terceiro trimestre do ano passado.

O balanço da companhia revela que a Vale bateu recordes também em geração de caixa, performance operacional, exportações, receita bruta e embarques de minério de ferro e pelotas.

Apesar da taxa de câmbio menos favorável para os exportadores, a Vale se beneficiou de um cenário de demanda crescente por minério de ferro, com destaque para as aquisições chinesas. A empresa conseguiu emplacar no início do ano um reajuste de 71,5% nos preços do minério de ferro, a maior alta da história. A empresa já anunciou que trabalha com a perspectiva de equilíbrio entre oferta e demanda do minério apenas em 2007.

A expectativa do mercado já era de um resultado bastante favorável. Segundo Edmo Chagas, do banco UBS, a empresa deveria se beneficiar do aumento do minério de ferro e refletir o aumento do preço de vendas.

Segundo a HSBC Corretora, os principais destaques positivos foram a receita líquida, 12% acima do projetado pela corretora, e o lucro operacional. O único senão ficou por conta do aumento dos custos de produtos vendidos, mas o efeito foi compensado pelo lucro operacional.

A Vale destaca o recorde na produção de minério de ferro no primeiro semestre, de 115,8 milhões de toneladas, o patamar de investimentos e de exportações nos últimos 12 meses e a obtenção do grau de investimento pela Moody's como sinais da qualidade da companhia. A Vale foi a primeira empresa de controle acionário integralmente nacional a obter o patamar de grau de investimento por uma agência de classificação de risco.

As exportações superaram em 22,4% o desempenho do primeiro semestre de 2004 e chegaram a US$ 3,827 bilhões. As exportações líquidas no semestre (exportações menos importações) foram 29,6% superiores às do primeiro semestre de 2004 e somaram US$ 2,912 bilhões. A companhia destaca sua relevância para o saldo da balança comercial, com uma participação de 14,8% no superávit de US$ 19,666 bilhões alcançado no semestre.

A geração de caixa cresceu 40,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado e somou R$ 8,2 bilhões. Os investimentos no semestre ficaram em R$ 3,6 bilhões contra R$ 2,5 bilhões em igual período do ano passado. A receita bruta cresceu 28,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado e somou R$ 17,1 bilhões.

As vendas para o Brasil representaram 23,9% da receita bruta no primeiro semestre. As vendas para a Europa responderam por 28,4% da receita, a Ásia por 25,6%, onde vale destacar a participação da China com 11,5% do total.

Minério de ferro

Os embarques de minério de ferro e pelotas no primeiro semestre chegaram a 120,6 milhões de toneladas, 11,2% acima do primeiro semestre de 2004.

Os minerais ferrosos, como minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas, foram responsáveis por 69,5% da receita total da companhia. Os produtos da cadeia de alumínio responderam por 11,5%, os serviços de logística por 9,2% e o cobre por 2,5%.

A China respondeu por 19,7% do volume vendido de minério de ferro e pelotas no primeiro semestre, o equivalente a 23,8 milhões de toneladas. O Japão respondeu por 10,3% e a Europa, por 32%. As vendas realizadas no Brasil representaram 18,7% do total.

Demais produtos

Não houve aumento significativo no volume de vendas da cadeia de alumínio porque não ocorreu aumento da capacidade produtiva. Os novos projetos da Alunorte e de Paragominas só começarão a efetuar embarques em 2006 e 2007, respectivamente. As vendas de bauxita no primeiro semestre foram de 2,6 milhões de toneladas, 11,1% acima das realizadas no primeiro semestre do ano passado. As vendas de alumina cresceram 3,4% e as de alumínio primário ficaram praticamente iguais às do primeiro semestre de 2004.

A produção de cobre só deverá receber novo impulso após a entrega dos equipamentos de lavra adquiridos pela Vale para a mina de Sossego, mas que ainda não foram entregues. No primeiro semestre, a Vale vendeu 190 mil toneladas de concentrado de cobre.

As vendas de potássio somaram 267 mil toneladas no primeiro semestre, resultado abaixo das 304 mil obtidas em igual período do ano passado. A Vale atribui a queda a limitações da produção determinadas pela finalização da execução do projeto de ampliação da capacidade da mina de Taquari-Vassouras.

Houve aumento nas cargas transportadas nas ferrovias da Vale. No primeiro semestre foram transportados 13,8 bilhões de toneladas de quilômetros úteis de carga geral, um volume 2,3% acima da carga geral transportada no primeiro semestre do ano passado.

Os portos e terminais marítimos da Vale movimentaram 14,6 milhões de toneladas para clientes neste semestre, contra 14,3 milhões de toneladas em igual período do ano passado.

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