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21/11/2000 - 12h37

Desconto sobre ágio pode ficar em R$ 1,7 bi

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LEONARDO SOUZA
da Folha de S. Paulo

Para o presidente do Santander no Brasil, Gabriel Jaramillo, a oferta feita pelo Banespa não foi alta, mesmo tendo representado ágio de 281,02%. O preço mínimo era de R$ 1,85 bilhão. O Santander pagará R$ 7,05 bilhões por 30% do capital do banco.

O ágio foi alto, mas há grandes "descontos" que podem ser aproveitados pelo Santander. A lei permite que os gastos com ágio possam ser abatidos do IR.

O ágio para efeito de abatimento do IR é calculado sobre o valor patrimonial do bloco de ações. Segundo Tomás Awad, do Chase Manhattan, o valor patrimonial dos 30% do capital do Banespa adquiridos pelo Santander é de aproximadamente R$ 1,35 bilhão. A diferença (o ágio) para o preço a ser pago ficou em R$ 5,7 bilhões. Como o IR é de cerca de 30%, o desconto sobre o ágio pode ser ficar em torno de R$ 1,7 bilhão. Isso sem contar outros créditos tributários que irão com o banco, cujo valor é difícil precisar.

Esse desconto, no entanto, depende de lucro, assim como os outros tipos de créditos tributários. Por isso, não é fácil ser abatido de uma única vez, pois estará sempre limitado a 30% do lucro por exercício.

Normalmente, os bancos utilizam esses abatimentos ao longo de alguns anos. Ou então, fazem aumento de capital no banco comprado. Assim, podem gerar alto lucro e, consequentemente, maior abatimento.

Jaramillo não quis adiantar como serão usados os créditos tributários que vêm com o Banespa. "Esperamos ganhar muito dinheiro e poder usar os créditos tributários", disse.
 

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