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21/08/2005
-
16h02
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) aproveitou a entrevista que deu hoje para rebater as acusações de seu ex-assessor Rogério Buratti e dar um recado ao mercado: a política econômica não será alterada.
"Os fundamentos [da política econômica] não carecem de reforço, mas os instrumentos não podem ser enfraquecidos", avisou o ministro.
Na sexta-feira, após as primeiras informações sobre o depoimento de Buratti, o dólar chegou a subir mais de 4% e fechou em alta de 2,94%, a maior em quase 15 meses.
Para ele, não é mais uma decisão de governo manter a estabilidade, e sim da sociedade, que também entende a importância do esforço fiscal.
"O trabalho realizado nesses dois últimos dois anos e meio foi suficiente para posicionar a economia brasileira em condições de suportar qualquer turbulência e se manter firme, avante e com resultados e fundamentos sólidos", disse.
Palocci ressaltou que esse trabalho já surte efeito na economia e que pode ser visto na maior rentabilidade das empresas, na geração de empregos e nas contas externas.
Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que ele permaneça no cargo. Independente disso, Palocci fez questão de ressaltar que não tem "apego a cargos" e que a economia brasileira tem fundamentos sólidos que não serão alterados por uma mudança na Fazenda.
"Penso que a economia brasileira não reagirá de maneira negativa a fatos que envolvam pessoas."
Ele acredita ainda que as decisões tomadas pelo governo Lula, como a aprovação da Lei de Falências, terão sua devida importância reconhecida no futuro. Assim como fez hoje, ao reconhecer como determinante a criação do Tesouro Nacional no governo Sarney (1985-1989) e a Lei de Responsabilidade Fiscal no primeiro mandato de FHC (1995-1998).
Mandou ainda um recado ao Congresso, mesmo reconhecendo que na atual crise política é difícil avançar na agenda de reformas da área econômica, como a aprovação de uma nova lei na área de defesa da concorrência.
Para o ministro, essas medidas são importantes para potencializar o crescimento do país. "Se essas reformas não acontecerem, não vamos ter crise, mas vamos perder uma oportunidade."
Reação
O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse que Palocci falou "com segurança, mostrou tranqüilidade e não atacou diretamente Buratti". "Ele [Palocci] disse o que o mercado queria saber: não vai haver alteração na política econômica. E ele continuará no ministério."
Na avaliação de Aleluia, essas duas informações são suficientes para acalmar o mercado financeiro. "O mercado não quer saber se as acusações são verdadeiras ou não. O mercado está preocupado com os rumos da política econômica e se ele será mantido ou não no cargo."
Aleluia disse ainda que o presidente Lula deveria se espelhar no exemplo de Palocci ao elaborar seu plano de comunicação e gerenciamento da crise. "
Especial
Leia mais sobre o ministro Palocci
Política econômica será mantida, diz Palocci
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) aproveitou a entrevista que deu hoje para rebater as acusações de seu ex-assessor Rogério Buratti e dar um recado ao mercado: a política econômica não será alterada.
"Os fundamentos [da política econômica] não carecem de reforço, mas os instrumentos não podem ser enfraquecidos", avisou o ministro.
Na sexta-feira, após as primeiras informações sobre o depoimento de Buratti, o dólar chegou a subir mais de 4% e fechou em alta de 2,94%, a maior em quase 15 meses.
Para ele, não é mais uma decisão de governo manter a estabilidade, e sim da sociedade, que também entende a importância do esforço fiscal.
"O trabalho realizado nesses dois últimos dois anos e meio foi suficiente para posicionar a economia brasileira em condições de suportar qualquer turbulência e se manter firme, avante e com resultados e fundamentos sólidos", disse.
Palocci ressaltou que esse trabalho já surte efeito na economia e que pode ser visto na maior rentabilidade das empresas, na geração de empregos e nas contas externas.
Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que ele permaneça no cargo. Independente disso, Palocci fez questão de ressaltar que não tem "apego a cargos" e que a economia brasileira tem fundamentos sólidos que não serão alterados por uma mudança na Fazenda.
"Penso que a economia brasileira não reagirá de maneira negativa a fatos que envolvam pessoas."
Ele acredita ainda que as decisões tomadas pelo governo Lula, como a aprovação da Lei de Falências, terão sua devida importância reconhecida no futuro. Assim como fez hoje, ao reconhecer como determinante a criação do Tesouro Nacional no governo Sarney (1985-1989) e a Lei de Responsabilidade Fiscal no primeiro mandato de FHC (1995-1998).
Mandou ainda um recado ao Congresso, mesmo reconhecendo que na atual crise política é difícil avançar na agenda de reformas da área econômica, como a aprovação de uma nova lei na área de defesa da concorrência.
Para o ministro, essas medidas são importantes para potencializar o crescimento do país. "Se essas reformas não acontecerem, não vamos ter crise, mas vamos perder uma oportunidade."
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O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), disse que Palocci falou "com segurança, mostrou tranqüilidade e não atacou diretamente Buratti". "Ele [Palocci] disse o que o mercado queria saber: não vai haver alteração na política econômica. E ele continuará no ministério."
Na avaliação de Aleluia, essas duas informações são suficientes para acalmar o mercado financeiro. "O mercado não quer saber se as acusações são verdadeiras ou não. O mercado está preocupado com os rumos da política econômica e se ele será mantido ou não no cargo."
Aleluia disse ainda que o presidente Lula deveria se espelhar no exemplo de Palocci ao elaborar seu plano de comunicação e gerenciamento da crise. "
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