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23/08/2005
-
17h41
da Folha Online
A expectativa em torno do depoimento do advogado Rogério Buratti à CPI dos Bingos e os rumores de que ele teria desaparecido geraram especulações no mercado financeiro hoje. O resultado foi uma alta de 1% no dólar, para R$ 2,409 na venda, e uma queda de 1,8% na Bolsa de Valores de São Paulo.
Segundo analistas, a principal preocupação do mercado é que Buratti aponte novas denúncias "contundentes" contra pessoas ligadas ao presidente Lula.
Ontem, o dólar caiu 2,65% --maior baixa desde janeiro de 2003-- e a Bovespa subiu 2,3% com o mercado aliviado após as explicações do ministro Antonio Palocci (Fazenda) sobre as denúncias de corrupção apresentadas por Buratti.
Durante depoimento ao Ministério Público paulista, na última sexta-feira, o advogado afirmou que Palocci recebeu, entre os anos de 2001 e 2002, R$ 50 mil por mês para favorecer a empresa de coleta de lixo Leão Leão em licitações da prefeitura da cidade. Em entrevista coletiva no domingo, o ministro negou as denúncias e disse que o contrato com a empresa foi feito um ou dois anos antes de seu governo.
Para os analistas do banco Brascan, a entrevista do ministro Palocci, no domingo, "foi eficaz do ponto de vista político, pois representou uma reação imediata às denúncias, evitando que as especulações aumentassem".
"Entretanto, é inegável que o risco político continua aumentando, com as denúncias alcançando as esferas mais elevadas do poder", dizem os analistas em relatório divulgado pelo banco.
Já os rumores de desaparecimento de Buratti, que circularam à tarde, geraram especulações no mercado, segundo João Medeiros, da corretora Pionner. "O mercado interpretou que poderia ter acontecido algo mais grave", afirmou.
Estrangeiros
José Roberto Carreira, da corretora Novação, avalia que a crise política já começa a afetar o humor dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil.
O risco-país --que mede a confiança dos estrangeiros no Brasil-- subia 1,2% no final da tarde, para 413 pontos. Ontem, recuou 2,62%. Quando o indicador sobe, aponta que a confiança está em baixa e, quando cai, o oposto.
O jornal britânico "Financial Times" publicou hoje que os fundos internacionais "estão certos em se preocupar" com a atual crise política no Brasil e devem ficar atentos com os possíveis impactos na "governabilidade do país no longo prazo".
"A reforma econômica parou. As investigações sobre o escândalo estão ocupando completamente as duas casas do Congresso e tornando difícil para o governo passar até mesmo as reformas mais modestas, como tornar o sistema fiscal do país menos complicado para as empresas", publicou o jornal.
Especial
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Bovespa cai 1,8% e dólar sobe 1% à espera do depoimento de Buratti
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A expectativa em torno do depoimento do advogado Rogério Buratti à CPI dos Bingos e os rumores de que ele teria desaparecido geraram especulações no mercado financeiro hoje. O resultado foi uma alta de 1% no dólar, para R$ 2,409 na venda, e uma queda de 1,8% na Bolsa de Valores de São Paulo.
Segundo analistas, a principal preocupação do mercado é que Buratti aponte novas denúncias "contundentes" contra pessoas ligadas ao presidente Lula.
Ontem, o dólar caiu 2,65% --maior baixa desde janeiro de 2003-- e a Bovespa subiu 2,3% com o mercado aliviado após as explicações do ministro Antonio Palocci (Fazenda) sobre as denúncias de corrupção apresentadas por Buratti.
Durante depoimento ao Ministério Público paulista, na última sexta-feira, o advogado afirmou que Palocci recebeu, entre os anos de 2001 e 2002, R$ 50 mil por mês para favorecer a empresa de coleta de lixo Leão Leão em licitações da prefeitura da cidade. Em entrevista coletiva no domingo, o ministro negou as denúncias e disse que o contrato com a empresa foi feito um ou dois anos antes de seu governo.
Para os analistas do banco Brascan, a entrevista do ministro Palocci, no domingo, "foi eficaz do ponto de vista político, pois representou uma reação imediata às denúncias, evitando que as especulações aumentassem".
"Entretanto, é inegável que o risco político continua aumentando, com as denúncias alcançando as esferas mais elevadas do poder", dizem os analistas em relatório divulgado pelo banco.
Já os rumores de desaparecimento de Buratti, que circularam à tarde, geraram especulações no mercado, segundo João Medeiros, da corretora Pionner. "O mercado interpretou que poderia ter acontecido algo mais grave", afirmou.
Estrangeiros
José Roberto Carreira, da corretora Novação, avalia que a crise política já começa a afetar o humor dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil.
O risco-país --que mede a confiança dos estrangeiros no Brasil-- subia 1,2% no final da tarde, para 413 pontos. Ontem, recuou 2,62%. Quando o indicador sobe, aponta que a confiança está em baixa e, quando cai, o oposto.
O jornal britânico "Financial Times" publicou hoje que os fundos internacionais "estão certos em se preocupar" com a atual crise política no Brasil e devem ficar atentos com os possíveis impactos na "governabilidade do país no longo prazo".
"A reforma econômica parou. As investigações sobre o escândalo estão ocupando completamente as duas casas do Congresso e tornando difícil para o governo passar até mesmo as reformas mais modestas, como tornar o sistema fiscal do país menos complicado para as empresas", publicou o jornal.
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