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25/08/2005
-
14h14
da Folha Online
A menor preocupação com o depoimento do advogado Rogério Buratti e a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central colaboram com a melhora dos mercados hoje. Às 14h06, o dólar caía 0,90%, vendido a R$ 2,417. A Bolsa de Valores de São Paulo subia 1,05%.
Ontem, o dólar subiu 1,24% e a Bovespa teve pequena baixa de 0,21% por conta da expectativa em torno do depoimento de Buratti --autor de denúncias de corrupção contra o ministro Antonio Palocci.
O risco-país, que chegou a subir um pouco pela manhã, recua 0,71% nesta tarde, para 415 pontos. Quando o indicador sobe, aponta aumento da desconfiança dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil e, quando cai, o oposto.
Em depoimento à CPI dos Bingos, o advogado Rogério afirmou que a empresa Leão Leão, na qual ele trabalhou, pagava propina para as prefeituras das quais ganhava licitações de recolhimento de lixo. Entretanto, até o momento, Buratti não citou o nome de Palocci.
Ontem, o advogado de Buratti, Roberto Telhada, desqualificou o depoimento de seu cliente prestado na semana passada, em Ribeirão Preto. A possibilidade de ele voltar atrás nas suas denúncias contra Palocci alivia um pouco a tensão do mercado.
Segundo o advogado, Buratti depôs sob pressão, algemado e com o uniforme de presidiário. Sem entrar em detalhes, Telhada disse que "naquele momento que ele falou lá [em Ribeirão Preto], aquilo não é maneira de um ser humano tratar de assunto dessa magnitude. Agora vai explicar o que ele quis dizer. Se é que falou daquele jeito. Terá oportunidade de explicar linha a linha o que ele quis dizer com aquilo."
Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, ressalta, entretanto, que o mercado continua volátil e atento a qualquer nova informação mais relevante.
Já na ata da reunião da semana passada, em que manteve a Selic em 19,75%, o Copom adotou um tom mais otimista. No documento, o comitê sinalizou que enxerga um cenário mais positivo para a evolução da inflação futura, o que pode gerar as condições necessárias para a primeira queda de juros em um ano e meio na sua reunião de setembro.
Para José Roberto Carreira, da corretora Novação, a ata contribui com a melhora dos mercados hoje.
A redução do juro é especialmente positiva para o mercado acionário, pois deixa as aplicações em renda fixa --que têm rendimentos atrelados aos juros--, menos atrativas, podendo gerar a migração de investidores para a Bovespa.
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Dólar cai 0,90% e Bovespa sobe 1,05% apesar de atenções em Buratti
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A menor preocupação com o depoimento do advogado Rogério Buratti e a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central colaboram com a melhora dos mercados hoje. Às 14h06, o dólar caía 0,90%, vendido a R$ 2,417. A Bolsa de Valores de São Paulo subia 1,05%.
Ontem, o dólar subiu 1,24% e a Bovespa teve pequena baixa de 0,21% por conta da expectativa em torno do depoimento de Buratti --autor de denúncias de corrupção contra o ministro Antonio Palocci.
O risco-país, que chegou a subir um pouco pela manhã, recua 0,71% nesta tarde, para 415 pontos. Quando o indicador sobe, aponta aumento da desconfiança dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil e, quando cai, o oposto.
Em depoimento à CPI dos Bingos, o advogado Rogério afirmou que a empresa Leão Leão, na qual ele trabalhou, pagava propina para as prefeituras das quais ganhava licitações de recolhimento de lixo. Entretanto, até o momento, Buratti não citou o nome de Palocci.
Ontem, o advogado de Buratti, Roberto Telhada, desqualificou o depoimento de seu cliente prestado na semana passada, em Ribeirão Preto. A possibilidade de ele voltar atrás nas suas denúncias contra Palocci alivia um pouco a tensão do mercado.
Segundo o advogado, Buratti depôs sob pressão, algemado e com o uniforme de presidiário. Sem entrar em detalhes, Telhada disse que "naquele momento que ele falou lá [em Ribeirão Preto], aquilo não é maneira de um ser humano tratar de assunto dessa magnitude. Agora vai explicar o que ele quis dizer. Se é que falou daquele jeito. Terá oportunidade de explicar linha a linha o que ele quis dizer com aquilo."
Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, ressalta, entretanto, que o mercado continua volátil e atento a qualquer nova informação mais relevante.
Já na ata da reunião da semana passada, em que manteve a Selic em 19,75%, o Copom adotou um tom mais otimista. No documento, o comitê sinalizou que enxerga um cenário mais positivo para a evolução da inflação futura, o que pode gerar as condições necessárias para a primeira queda de juros em um ano e meio na sua reunião de setembro.
Para José Roberto Carreira, da corretora Novação, a ata contribui com a melhora dos mercados hoje.
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