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25/08/2005 - 17h51

Bovespa sobe 2,58% com expectativa de corte do juro em setembro

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da Folha Online

As apostas de corte da taxa de juros (Selic) em setembro aumentaram com a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, o que animou o mercado financeiro brasileiro.

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em alta de 2,58% --maior valorização em quase um mês--, "ignorando" o depoimento do advogado Rogério Buratti, embora ele tenha reafirmado as denúncias contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda). O dólar caiu 1,68% e terminou o dia a R$ 2,398 na venda.

Segundo analistas, havia um "consenso" no mercado de que se Buratti não apresentasse provas sobre as denúncias contra o Palocci a Bolsa subiria.

"O mercado temia que fossem feitas novas denúncias ou apresentadas provas, o que não aconteceu", afirmou André Kitahara, do RaboBank.

Buratti reafirmou à CPI dos Bingos que a empresa Leão Leão, da área de coleta de lixo, pagava R$ 50 mil por mês em propina em 2001 e 2002 à Prefeitura de Ribeirão Preto, administrada na época pelo ministro Antonio Palocci (Fazenda).

"Confirmo integralmente o depoimento que prestei ao Ministério Público. Eu falei do que vi e ouvi", disse o advogado à CPI.

Juros

Na avaliação de Kitahara, o que mais pesou no mercado hoje foi a divulgação da ata do Copom, que na interpretação da maioria dos analistas sinalizou queda dos juros a partir de setembro.

Apesar de o juro alto estimular a entrada de capital estrangeiro de curto prazo no país, depreciando o dólar e valorizando o real, o mercado entende que a redução da taxa é uma demonstração de que a política monetária surtiu o efeito esperado de convergir a inflação para a meta.

O corte da Selic é especialmente favorável aos investimentos em ações, já que estimula a migração das aplicações em reda fixa --que têm rendimentos atrelados aos juros-- para a renda variável.

Para Zeina Latif, economista do HSBC Investment, o principal destaque da ata foi a retirada da frase em que sugeria manter a taxa básica (Selic) em 19,75% ao ano por um "período suficientemente longo" para assegurar a convergência da inflação para a meta de 5,1% estabelecida para este ano.

Nos últimos três meses, essa frase esteve presente na ata, e a decisão do comitê foi pela manutenção dos juros.

"O mercado interpretou a retirada da frase como uma sinalização de redução do juro no próximo mês", diz Zeina.

De acordo com o Boletim Focus desta semana, elaborado pelo BC a partir de consultas a mais de cem instituições financeiras, o IPCA (índice que serve de base para as metas de inflação) deve ficar em 5,34%. Ou seja, as previsões já apontam taxa bem próxima da meta ajustada.

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