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26/08/2005
-
10h42
da Folha Online
A proximidade do final de semana gera cautela no mercado financeiro hoje, por conta da expectativa com o noticiário do sábado e do domingo. O dólar chegou a cair um pouco no início dos negócios mas inverteu o movimento. Às 10h41, subia 0,50%, vendido a R$ 2,410. A Bolsa de Valores de São Paulo recuava 0,09%.
"Sexta-feira é dia de cautela. Por isso, o dólar deve se manter acima dos R$ 2,40", avalia Francisco Carvalho, da corretora Liquidez.
Ontem, o mercado "ignorou" o depoimento do advogado Rogério Buratti, embora ele tenha reafirmado as denúncias contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda). A divisa norte-americana caiu 1,68% e a Bovespa subiu 2,58%.
Segundo analistas, o mercado temia que fossem feitas novas denúncias contra Palocci ou apresentadas provas, o que não aconteceu. Com isso, o mercado sentiu-se aliviado.
O que mais pesou ontem foi a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que na interpretação da maioria dos analistas sinalizou queda dos juros a partir de setembro.
Apesar de o juro alto estimular a entrada de capital estrangeiro de curto prazo no país, depreciando o dólar e valorizando o real, o mercado entende que a redução da taxa é uma demonstração de que a política monetária surtiu o efeito esperado de convergir a inflação para a meta.
O corte da Selic é especialmente favorável aos investimentos em ações, já que estimula a migração das aplicações em reda fixa --que têm rendimentos atrelados aos juros-- para a renda variável.
Para Zeina Latif, economista do HSBC Investment, o principal destaque da ata foi a retirada da frase em que sugeria manter a taxa básica (Selic) em 19,75% ao ano por um 'período suficientemente longo' para assegurar a convergência da inflação para a meta de 5,1% estabelecida para este ano.
Nos últimos três meses, essa frase esteve presente na ata, e a decisão do comitê foi pela manutenção dos juros.
"O mercado interpretou a retirada da frase como uma sinalização de redução do juro no próximo mês", diz Zeina.
De acordo com o Boletim Focus desta semana, elaborado pelo BC a partir de consultas a mais de cem instituições financeiras, o IPCA (índice que serve de base para as metas de inflação) deve ficar em 5,34%. Ou seja, as previsões já apontam taxa bem próxima da meta ajustada.
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Cautela com fim de semana guia mercados e dólar sobe 0,50%
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A proximidade do final de semana gera cautela no mercado financeiro hoje, por conta da expectativa com o noticiário do sábado e do domingo. O dólar chegou a cair um pouco no início dos negócios mas inverteu o movimento. Às 10h41, subia 0,50%, vendido a R$ 2,410. A Bolsa de Valores de São Paulo recuava 0,09%.
"Sexta-feira é dia de cautela. Por isso, o dólar deve se manter acima dos R$ 2,40", avalia Francisco Carvalho, da corretora Liquidez.
Ontem, o mercado "ignorou" o depoimento do advogado Rogério Buratti, embora ele tenha reafirmado as denúncias contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda). A divisa norte-americana caiu 1,68% e a Bovespa subiu 2,58%.
Segundo analistas, o mercado temia que fossem feitas novas denúncias contra Palocci ou apresentadas provas, o que não aconteceu. Com isso, o mercado sentiu-se aliviado.
O que mais pesou ontem foi a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que na interpretação da maioria dos analistas sinalizou queda dos juros a partir de setembro.
Apesar de o juro alto estimular a entrada de capital estrangeiro de curto prazo no país, depreciando o dólar e valorizando o real, o mercado entende que a redução da taxa é uma demonstração de que a política monetária surtiu o efeito esperado de convergir a inflação para a meta.
O corte da Selic é especialmente favorável aos investimentos em ações, já que estimula a migração das aplicações em reda fixa --que têm rendimentos atrelados aos juros-- para a renda variável.
Para Zeina Latif, economista do HSBC Investment, o principal destaque da ata foi a retirada da frase em que sugeria manter a taxa básica (Selic) em 19,75% ao ano por um 'período suficientemente longo' para assegurar a convergência da inflação para a meta de 5,1% estabelecida para este ano.
Nos últimos três meses, essa frase esteve presente na ata, e a decisão do comitê foi pela manutenção dos juros.
"O mercado interpretou a retirada da frase como uma sinalização de redução do juro no próximo mês", diz Zeina.
De acordo com o Boletim Focus desta semana, elaborado pelo BC a partir de consultas a mais de cem instituições financeiras, o IPCA (índice que serve de base para as metas de inflação) deve ficar em 5,34%. Ou seja, as previsões já apontam taxa bem próxima da meta ajustada.
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