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01/09/2005
-
16h15
JANAINA LAGE
FABIANA FUTEMA
da Folha Online, no Rio e em SP
Um grupo de investidores nacionais e estrangeiros vai apresentar uma nova proposta de compra da Varig nos próximos dias. A proposta deve ser apresentada na 8ª Vara Empresarial, responsável pelo processo de recuperação judicial --mecanismo que substituiu a concordata na nova lei de falências-- da Varig.
Esse grupo, que prefere se manter no anonimato por enquanto, procurou a auditoria Boucinhas & Campos, para avaliar o valor do passivo da Varig. O mesmo grupo já tentou no começo do ano comprar a Varig. Na época, entretanto, o negócio não foi adiante porque a Varig mantinha conversações com a TAP. Depois disso o controle da empresa foi alterado, e, em seguida, a Varig recorreu à recuperação judicial --mecanismo que substituiu a concordata na nova lei de falências.
A auditoria Boucinhas & Campos --que foi sondada em maio para determinar o valor do grupo Varig-- voltou a ser procurada nesta semana por esse grupo de investidores. Luís Carlos Boucinhas, sócio-diretor da empresa, disse que o representante deste grupo de investidores voltou a procurar a consultoria nesta semana com a idéia de retomar o projeto de compra da Varig.
"O grupo nos pediu para fazer o trabalho de avaliação [do passivo]. Ontem o representante deste grupo me procurou. Poderíamos participar de uma reunião de apresentação da proposta", disse.
Aventureiros
Esse grupo está querendo retomar a negociação de compra da Varig paralelamente ao trabalho dos atuais controladores da companhia, que tentam obter recursos para manter a empresa em funcionamento e entrar em acordo com os credores.
O presidente do conselho de administração da Varig, David Zylbersztajn, disse que a empresa não foi procurada por esse grupo para negociar essa proposta alternativa.
"Qualquer proposta viável será contemplada. Não estamos fechados e com uma única proposta", disse Zylbersztajn para a Folha Online.
Entretanto, o executivo alertou para uma possível ação de "aventureiros" interessados em atrapalhar o plano de recuperação da Varig. "É preciso tomar muito cuidado com planos milagreiros e aventureiros. É fácil falar que fazer críticas ao que já foi feito", afirmou Zylbersztajn.
Plano B
O plano B desse grupo estrangeiro prevê uma oferta de US$ 360 milhões, dos quais US$ 60 milhões estariam disponíveis dentro de 20 dias, prazo necessário Varig quitar suas dívidas com a ILFC (International Lease Finance Corporation).
Dentro de 60 a 90 dias a empresa receberia os US$ 300 milhões restantes. Caso a proposta vá adiante, a Fundação Ruben Berta --que detém 87% da Varig-- ficaria com apenas 10% das ações da companhia.
Caso a oferta seja aceita, o impasse sobre a venda da subsidiária Varig Log (cargas) estaria resolvido, dizem os consultores. Os credores recorreram à Justiça contra a venda da empresa, alegando que o valor do negócio é baixo.
Os sindicatos reclamam do desmembramento do grupo, com a venda dos ativos mais saudáveis. O fundo norte-americano Matlin Patterson levaria 95% das ações por US$ 38 milhões, com o desconto do passivo da empresa, de US$ 60 milhões.
O banco suíço UBS, que presta consultoria à Varig, defende agora à tarde na 8ª Vara Empresarial do Rio a venda da subsidiária. Depois que a liminar que impedia a operação foi revogada, caberá ao juiz que cuida da recuperação judicial da empresa decidir se a venda da Varig Log é favorável ou não à aérea.
Especial
Leia mais sobre a recuperação judicial da Varig
Grupo volta a fazer oferta pela Varig, Zylbersztajn pede cuidado com "milagreiros"
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FABIANA FUTEMA
da Folha Online, no Rio e em SP
Um grupo de investidores nacionais e estrangeiros vai apresentar uma nova proposta de compra da Varig nos próximos dias. A proposta deve ser apresentada na 8ª Vara Empresarial, responsável pelo processo de recuperação judicial --mecanismo que substituiu a concordata na nova lei de falências-- da Varig.
Esse grupo, que prefere se manter no anonimato por enquanto, procurou a auditoria Boucinhas & Campos, para avaliar o valor do passivo da Varig. O mesmo grupo já tentou no começo do ano comprar a Varig. Na época, entretanto, o negócio não foi adiante porque a Varig mantinha conversações com a TAP. Depois disso o controle da empresa foi alterado, e, em seguida, a Varig recorreu à recuperação judicial --mecanismo que substituiu a concordata na nova lei de falências.
A auditoria Boucinhas & Campos --que foi sondada em maio para determinar o valor do grupo Varig-- voltou a ser procurada nesta semana por esse grupo de investidores. Luís Carlos Boucinhas, sócio-diretor da empresa, disse que o representante deste grupo de investidores voltou a procurar a consultoria nesta semana com a idéia de retomar o projeto de compra da Varig.
"O grupo nos pediu para fazer o trabalho de avaliação [do passivo]. Ontem o representante deste grupo me procurou. Poderíamos participar de uma reunião de apresentação da proposta", disse.
Aventureiros
Esse grupo está querendo retomar a negociação de compra da Varig paralelamente ao trabalho dos atuais controladores da companhia, que tentam obter recursos para manter a empresa em funcionamento e entrar em acordo com os credores.
O presidente do conselho de administração da Varig, David Zylbersztajn, disse que a empresa não foi procurada por esse grupo para negociar essa proposta alternativa.
"Qualquer proposta viável será contemplada. Não estamos fechados e com uma única proposta", disse Zylbersztajn para a Folha Online.
Entretanto, o executivo alertou para uma possível ação de "aventureiros" interessados em atrapalhar o plano de recuperação da Varig. "É preciso tomar muito cuidado com planos milagreiros e aventureiros. É fácil falar que fazer críticas ao que já foi feito", afirmou Zylbersztajn.
Plano B
O plano B desse grupo estrangeiro prevê uma oferta de US$ 360 milhões, dos quais US$ 60 milhões estariam disponíveis dentro de 20 dias, prazo necessário Varig quitar suas dívidas com a ILFC (International Lease Finance Corporation).
Dentro de 60 a 90 dias a empresa receberia os US$ 300 milhões restantes. Caso a proposta vá adiante, a Fundação Ruben Berta --que detém 87% da Varig-- ficaria com apenas 10% das ações da companhia.
Caso a oferta seja aceita, o impasse sobre a venda da subsidiária Varig Log (cargas) estaria resolvido, dizem os consultores. Os credores recorreram à Justiça contra a venda da empresa, alegando que o valor do negócio é baixo.
Os sindicatos reclamam do desmembramento do grupo, com a venda dos ativos mais saudáveis. O fundo norte-americano Matlin Patterson levaria 95% das ações por US$ 38 milhões, com o desconto do passivo da empresa, de US$ 60 milhões.
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