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31/10/2002
-
11h08
da Folha de S.Paulo
Imagine um mapa político do Brasil, sem o nome dos Estados, onde aparecesse uma área hachurada que abrangesse parte de dois deles na fronteira com a Venezuela, que também não fosse identificada na figura. Baseados nesse desenho, perguntariam o nome dos dois Estados e quais as características socioeconômicas da região.
A área hachurada referir-se-ia às terras indígenas dos ianomâmis, demarcadas há pouco mais de uma década, que abrangem parte dos Estados de Roraima e do Amazonas. Até hoje existe uma polêmica sobre a questão, pois alguns julgam que são terras demais, muito ricas e em áreas fronteiriças, portanto estratégicas, para poucos índios.
Uma versão atualizada dessa questão pode referir-se à criação do Parque das Montanhas do Tumucumaque, com 3.867 milhões de hectares, localizado entre os Estados do Amapá e do Pará, na fronteira com o Suriname e a Guiana Francesa.
A criação da reserva, em agosto deste ano, foi utilizada pelo governo brasileiro, durante a Rio+10, como uma prova da determinação do país na luta pela preservação do ambiente.
A região encontra-se quase intacta, abriga grande biodiversidade e as nascentes de rios como o Oiapoque, famoso por ser o ponto extremo do litoral norte do país, e o Jari, que ficou muito conhecido após a implantação do projeto de mesmo nome, para a produção de papel e de celulose, entre outras atividades.
A implantação do parque tem em vista a preservação da biodiversidade e prevê o estímulo ao ecoturismo na região; no entanto enfrenta resistência dos municípios envolvidos e do Estado do Amapá, que reivindicam alguma forma de compensação, pois entendem que a área da reserva, que toma aproximadamente 27% da área total do Estado, ficará indisponível para a exploração, trazendo prejuízos para os negócios.
Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
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Matemática: O surpreendente jogo da idade
Geografia: As terras indígenas e a preservação da biodiversidade
EDER MELGARda Folha de S.Paulo
Imagine um mapa político do Brasil, sem o nome dos Estados, onde aparecesse uma área hachurada que abrangesse parte de dois deles na fronteira com a Venezuela, que também não fosse identificada na figura. Baseados nesse desenho, perguntariam o nome dos dois Estados e quais as características socioeconômicas da região.
A área hachurada referir-se-ia às terras indígenas dos ianomâmis, demarcadas há pouco mais de uma década, que abrangem parte dos Estados de Roraima e do Amazonas. Até hoje existe uma polêmica sobre a questão, pois alguns julgam que são terras demais, muito ricas e em áreas fronteiriças, portanto estratégicas, para poucos índios.
Uma versão atualizada dessa questão pode referir-se à criação do Parque das Montanhas do Tumucumaque, com 3.867 milhões de hectares, localizado entre os Estados do Amapá e do Pará, na fronteira com o Suriname e a Guiana Francesa.
A criação da reserva, em agosto deste ano, foi utilizada pelo governo brasileiro, durante a Rio+10, como uma prova da determinação do país na luta pela preservação do ambiente.
A região encontra-se quase intacta, abriga grande biodiversidade e as nascentes de rios como o Oiapoque, famoso por ser o ponto extremo do litoral norte do país, e o Jari, que ficou muito conhecido após a implantação do projeto de mesmo nome, para a produção de papel e de celulose, entre outras atividades.
A implantação do parque tem em vista a preservação da biodiversidade e prevê o estímulo ao ecoturismo na região; no entanto enfrenta resistência dos municípios envolvidos e do Estado do Amapá, que reivindicam alguma forma de compensação, pois entendem que a área da reserva, que toma aproximadamente 27% da área total do Estado, ficará indisponível para a exploração, trazendo prejuízos para os negócios.
Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
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