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14/09/2000
-
11h58
O deputado Átila Lira (PSDB-PI), relator do projeto que prevê a obrigatoriedade do ensino da língua espanhola nas escolas de ensino médio em todo país, vai refazer seu substitutivo, cortando a palavra "obrigatoriedade" do texto, em uma tentativa de equilibrar interesses econômicos e a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da educação.
Além da retirada do termo "obrigatoriedade" do texto do substitutivo, o relator terá que definir a responsabilidade do governo em criar condições para que as escolas possam oferecer o ensino do idioma latino aos alunos que demonstrarem interesse em aprender.
Ontem, em audiência pública na Câmara, deputados e representantes do ministério da Educação e do ministério da Cultura discutiram o projeto de lei 4.044/93 e, segundo o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), "chegaram a um consenso".
Os defensores do ensino da língua espanhola acreditam que a integração sul-americana é uma realidade e que não se pode ignorar as diferenças entre o português e o espanhol. O deputado Júlio Redecker (PPB-RS), representante da ala mais radical desse grupo, afirmou que "o ensino obrigatório do espanhol é básico para que o Brasil possa ter quadros profissionais preparados para o crescimento dos negócios no Mercosul"
Para Ulysses de Oliveira Panisset, presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação) tornar obrigatório o ensino de qualquer disciplina seria um retrocesso nos avanços conseguidos pela LDB que ele considera "a mais moderna lei de educação produzida nesse país". "Com essa lei, podemos ajustar e adaptar os currículos de acordo com as necessidades da sociedade e das regiões, sem promover uma reforma no ensino", afirmou Panisset.
O equilíbrio na balança foi conseguido pelos deputados Gastão Vieira e Gilmar Machado (PT-MG) que propuseram a retirada da palavra "obrigatoriedade" e destacaram a responsabilidade do governo em oferecer condições às escolas do nível médio para o ensino da língua.
As sugestões foram aceitas pelos representantes do governo federal, principalmente porque o presidente Fernando Henrique Cardoso tem interesses em liderar um possível bloco regional com os países da América do Sul, com pretensões a uma indicação para a presidência da ONU (Organizações das Nações Unidas).
As informações são da Agência PontoEDU.
Leia mais notícias de educação na Folha Online
Projeto de lei que obriga ensino do espanhol sofre mudanças
da Folha OnlineO deputado Átila Lira (PSDB-PI), relator do projeto que prevê a obrigatoriedade do ensino da língua espanhola nas escolas de ensino médio em todo país, vai refazer seu substitutivo, cortando a palavra "obrigatoriedade" do texto, em uma tentativa de equilibrar interesses econômicos e a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da educação.
Além da retirada do termo "obrigatoriedade" do texto do substitutivo, o relator terá que definir a responsabilidade do governo em criar condições para que as escolas possam oferecer o ensino do idioma latino aos alunos que demonstrarem interesse em aprender.
Ontem, em audiência pública na Câmara, deputados e representantes do ministério da Educação e do ministério da Cultura discutiram o projeto de lei 4.044/93 e, segundo o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), "chegaram a um consenso".
Os defensores do ensino da língua espanhola acreditam que a integração sul-americana é uma realidade e que não se pode ignorar as diferenças entre o português e o espanhol. O deputado Júlio Redecker (PPB-RS), representante da ala mais radical desse grupo, afirmou que "o ensino obrigatório do espanhol é básico para que o Brasil possa ter quadros profissionais preparados para o crescimento dos negócios no Mercosul"
Para Ulysses de Oliveira Panisset, presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação) tornar obrigatório o ensino de qualquer disciplina seria um retrocesso nos avanços conseguidos pela LDB que ele considera "a mais moderna lei de educação produzida nesse país". "Com essa lei, podemos ajustar e adaptar os currículos de acordo com as necessidades da sociedade e das regiões, sem promover uma reforma no ensino", afirmou Panisset.
O equilíbrio na balança foi conseguido pelos deputados Gastão Vieira e Gilmar Machado (PT-MG) que propuseram a retirada da palavra "obrigatoriedade" e destacaram a responsabilidade do governo em oferecer condições às escolas do nível médio para o ensino da língua.
As sugestões foram aceitas pelos representantes do governo federal, principalmente porque o presidente Fernando Henrique Cardoso tem interesses em liderar um possível bloco regional com os países da América do Sul, com pretensões a uma indicação para a presidência da ONU (Organizações das Nações Unidas).
As informações são da Agência PontoEDU.
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