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14/11/2000 - 15h40

Cinco pessoas são presas ao tentar fraudar vestibular em SP

JULIANA RIBEIRO
da Folha Online

Cinco pessoas foram presas por falsidade ideológica e tentativa de fraude, durante a realização do vestibular 2001 da Unimar (Universidade de Marília), no domingo à tarde. Duas prisões foram feitas em São Paulo, duas em Goiânia e uma em Marília. A prova é realizada em cidades de 9 Estados.

Em São Paulo, dois candidatos de medicina usavam aparelhos eletrônicos de transmissão dentro de uma borracha. Segundo o pró-reitor de Graduação da Unimar, José Roberto Marques de Castro, os dois rapazes despertaram atenção dos fiscais pela maneira como manuseavam a borracha.

A prisão foi feita no Instituto de Educação Caetano de Campos, no Cambuci. Segundo José Marques, a polícia descobriu que a transmissão dos sinais estava sendo feita a partir de um celular, mas o emissor não foi encontrado.

Em Marília e em Goiânia, o golpe utilizado foi o conhecido como "piloto", no qual uma pessoa tenta fazer a prova no lugar de outra.

Nesse caso, a foto original da carteira de identidade do candidato verdadeiro é substituída. Em Marília, o professor de cursinho e ex-aluno de medicina Romes Leando Alves foi preso ao tentar fazer a prova no lugar de um candidato de São José do Rio Preto, também para o curso de medicina.

De acordo com o pró-reitor, como o candidato tem 18 anos e o professor 33, os fiscais desconfiaram da foto da identidade. Romes foi preso em flagrante e encaminhado à Cadeia Pública de Marília, onde continua preso.

Em depoimento à polícia, Romes disse que mora em Catalão (GO), onde trabalha como professor. Ele negou que faça parte de uma quadrilha de fraudes de vestibular e também negou que iria receber dinheiro. Ele disse que estava fazendo um favor ao candidato de medicina, que é seu amigo.

Em Goiânia, foram detidos uma moça e um rapaz também por usarem carteiras de identidade falsas.

Apesar das prisões, o pró-reitor de Graduação da Unimar diz que o vestibular não foi afetado e não corre o risco de ser anulado.

"Isso é lamentável porque, com certeza, algum pai iria pagar esses pilotos", lamenta. Marques não acredita que os cinco casos estejam ligados ou façam parte de uma quadrilha, mas no caso dos pilotos, ele acredita que haja dinheiro envolvido.

Por outro lado, o pró-reitor diz que as prisões são motivo de orgulho para a universidade. "Mostra que nosso vestibular é realmente seguro", explica.

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