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01/06/2003 - 11h42

Escola da periferia de Ribeirão será exemplo de ensino

da Folha de S.Paulo, em Ribeirão Preto

O Cemei (Centro Municipal de Ensino Integrado)João Gilberto Sampaio, escola municipal instalada na Vila Mariana, periferia de Ribeirão, pode se tornar referência para escolas do Brasil e do mundo. O Observatório de Violência Escolar, que está sendo montado por pesquisadores da USP de Ribeirão, vai citar a escola e o seu diretor, Antonio Carlos Canuto Ribeiro, como exemplos de como o bom gerenciamento pode interferir na qualidade do ensino.

"Nosso objetivo é formar cidadãos. Aquele projeto que existia antigamente, de depósito de crianças, mudou completamente", disse Canuto Ribeiro.

A escola tem cerca de 1.200 alunos, sendo que 800 permanecem mais de um período no prédio participando de atividades extraclasse. As atividades vão desde esportes --a escola tem inclusive uma piscina-- e aulas de reforço até o plantio de horta e o acompanhamento dos cerca de 300 animais que eles mantêm.

De acordo com ele, a disciplina é muito rígida na escola. "Aqui não tem aluno tatuado, de cabelo tingido, essas coisas. O próprio aluno entende que o ambiente da escola não combina com isso. O fumo também é coisa grave. Se alguém fuma, sempre tem outro que vem falar para a gente, e eu chamo o aluno para conversar. Se alguém tira uma pétala de rosa, tem 500 para contar."

Canuto Ribeiro afirmou que não há segredo para que seu trabalho seja reproduzido em outros locais, desde que se tenha uma escola atrativa e pessoas comprometidas com o assunto.

"Motivar o aluno só com giz e quadro negro é muito difícil. A escola tem de ser atrativa. Ser atrativa é ter o espaço agradável, o bom professor, o diretor presente, o banheiro limpo, a comida boa, tudo isso e muito mais."

Para o diretor, é difícil obter pessoas comprometidas porque os salários na área da educação são muito baixos.

A escola tem parcerias com empresas daquela região da cidade e com a ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) para custear a manutenção dos serviços oferecidos.

No final de março, um laudo do Instituto Adolfo Lutz apontou que a água servida no bebedouro do pátio estava contaminada com coliformes. Canuto Ribeiro contestou o laudo. Anteontem, no entanto, o diretor disse que, após o fato, conseguiu o apoio de uma empresa para reformar todos os bebedouros da escola.
 

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