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08/06/2003 - 02h49

Alunos mais ricos têm pré-escola

da Folha de S.Paulo, no Rio

O ensino fundamental de nove anos já é, na prática, quase universalizado entre as camadas mais ricas da população brasileira. Isso porque quase a totalidade dos brasileiros de maior renda tem acesso à pré-escola, o que significa que as crianças de famílias de melhor poder aquisitivo já entram no ensino fundamental alfabetizadas ou tendo passado por uma sala de aula.

Dados tabulados pela pesquisadora do IBGE Maria Dolores Kappel a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 1999 mostram que a taxa de escolarização das crianças de quatro a seis anos de famílias com renda per capita maior que cinco salários mínimos é de 90%.

Entre as famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo, essa taxa é de apenas 50%.

O Censo 2000 mostra que em bairros mais ricos das cidades do Rio e São Paulo a taxa de alfabetização das crianças de seis anos é bastante superior à taxa de bairros pobres. Em Moema (zona sul de São Paulo), onde a renda média dos chefes de família é de R$ 5.576, 73% das crianças já sabem ler e escrever aos seis anos de idade. O Jardim Paulista (zona oeste de São Paulo) tem renda média de R$ 5.144 e uma taxa de alfabetização aos seis anos de idade de 68%.

No outro extremo, no distrito de Jardim Ângela (zona sul de São Paulo), onde a renda média dos chefes de família é de R$ 568, apenas 17% das crianças de seis anos de idade já são alfabetizadas. Em Cidade Tiradentes (zona leste), onde a renda média é de R$ 598, essa taxa é de 14%.

As diferenças entre bairros é evidente também no Rio de Janeiro. Na Urca (zona sul), onde a renda dos chefes de família é de R$ 3.322, 86% das crianças de seis anos já estão alfabetizadas. Já nas favelas da zona sul Rocinha (renda de R$ 451) e Vidigal (renda de R$ 662), a taxa é de apenas 20%.
 

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