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14/08/2003 - 12h44

Geografia: Urbanização da população e taxa de fecundidade

EDER MELGAR
da Folha de S.Paulo

Entre as muitas conseqüências da urbanização da população, a redução do ritmo de crescimento populacional é uma das mais significativas. A organização social e econômica urbana parece não combinar com uma taxa de fertilidade --número médio de filhos por mulher-- muito alta.

Pode-se afirmar, genericamente, que, nas sociedades urbanas, o maior custo para a criação dos filhos, associado ao maior acesso aos métodos contraceptivos e à necessidade das mulheres de trabalhar fora de casa para compor a renda familiar, leva inevitavelmente à redução dessa taxa.

Os países mais pobres, também chamados de menos desenvolvidos ou de subdesenvolvidos, apresentavam na década de 60 uma taxa média de seis filhos por mulher, o que fazia com que suas populações crescessem em um ritmo muito acelerado.

Em muitos deles, após uma intensificação da urbanização, ocorreram reduções substanciais nas taxas de fertilidade, tendo baixado a média do grupo atualmente para 2,9 filhos por mulher, o que resulta em uma diminuição do ritmo de crescimento populacional. O Brasil e o México são ótimos exemplos desse processo.

Mesmo alguns países com população predominantemente rural, como a China, a Índia e a Indonésia, apresentaram nas últimas décadas um declínio significativo em suas taxas de fertilidade.

Lembre-se de que, embora tenham uma população urbana relativamente baixa, em torno de 30%, possuem populações absolutas muito grandes, o que implica que uma enorme população reside nas cidades. Por exemplo, na China, "só" 32% da população é urbana, mas isso representa mais de 350 milhões de pessoas.

Nos países mais ricos, a taxa de fertilidade é, no geral, inferior a 2,1 filhos por mulher. Na Europa, a média está próxima de 1,3. Do jeito que a coisa vai, é possível que, até o final deste século, a população mundial passe a declinar.

Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus

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