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15/09/2003 - 06h09

Pensar e pesquisar língua vai além de saber idioma

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da Folha de S.Paulo

Um profissional da área de letras não é simplesmente um bom falante de um determinado idioma, mas um conhecedor da história da língua, de sua estrutura --fonologia, morfologia, sintaxe semântica-- e das literaturas.

Outro engano é achar que todos aqueles que optam pela carreira de letras necessariamente darão aula: esse é o caminho mais comum, mas não é o único.

Ter formação em letras é ser um pensador e um pesquisador da língua, podendo atuar como tradutor, como revisor, como consultor de linguagem, como pesquisador de gêneros literários, como analista de textos publicitários, como dicionarista ou como lexicólogo, além de produzir pareceres jurídicos --reconhecendo marcas em discursos pessoais-- e fazer peritagem de fitas e identificação de voz em laboratórios de fonética.

Gostar de ler e de escrever e interessar-se pelos vários gêneros literários é fundamental, assim como ter algum conhecimento da língua estrangeira escolhida.

Para Esmeralda Vailati Negrão, 50, chefe do Departamento de Lingüística da USP, trabalhar com línguas exige vocação para perceber diferentes modos de falar. "É preciso sensibilidade com relação aos fatos da língua e suas diferenças", diz.

"Um tradutor, por exemplo, precisa de muita percepção cultural. Não basta saber léxico e gramática, mas lidar com diferentes culturas", diz Francis Henrique Aubert, 56, chefe do Departamento de Letras Modernas da USP.

São muitas as opções de habilitação em letras. Só na USP são 15, divididas em letras modernas --espanhol, português, inglês, alemão, italiano e francês--, letras clássicas --grego e latim-- e letras orientais --russo, chinês, japonês, árabe, armênio e hebraico--, além da habilitação em lingüística (ciência que estuda a linguagem e suas aplicações).

A Unesp habilita em português, mas deve-se escolher outra língua (francês, espanhol, inglês ou italiano) ou lingüística. A universidade oferece ainda bacharelado em letras com habilitação em tradução.

Intuição

"Os primeiros dicionários foram feitos com base na intuição", diz a lexicógrafa e professora do Departamento de Letras Modernas da USP Stella Tagnin.

Coisas exóticas e estranhas mereciam lugar no dicionário. Mais tarde, o critério passou a ser o da observação --optando pelo mais frequente.

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