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15/09/2003
-
06h15
da Folha de S.Paulo
Para ser uma espécie de psicanalista da sociedade, é preciso tolerância, consciência de que valores são mutáveis ao longo do tempo, sensibilidade à realidade do mundo em que vive e curiosidade pela diferença e pelas diversas formas que o homem inventou para viver. Exercer a função de historiador é contribuir para o entendimento da sociedade, por isso um bom historiador é pouco conformista e muito curioso.
"As pessoas que viveram antes de nós viviam de um modo diferente. Ver um suplício no século 18, por exemplo, era um programa razoavelmente familiar, como ir a um espetáculo musical. Por isso é importante a tolerância à diferença, porque senão você sai julgando o mundo", explica Jean Marcel Carvalho França, 37, professor de história da Unesp.
Para Osvaldo Coggiola, 51, chefe de departamento na USP, a história tenta se aproximar da verdade por meio da construção de versões e por isso exige sempre uma análise crítica. "A história, por definição, é crítica, porque, se não fosse, estaríamos escrevendo anuários", afirma.
Os quatro anos do curso, que teve 11,4 candidatos disputando cada vaga na Fuvest em 2003, formam profissionais aptos a pesquisar e a lecionar. Um historiador também pode trabalhar em museus e em arquivos ou oferecendo o seu conhecimento àqueles que desejam fazer um levantamento histórico de suas origens.
De acordo com Maria Aparecida de Aquino, 50, professora de história contemporânea da USP, um campo novo e crescente é o de assessoria a meios de comunicação, produzindo textos para jornais e sites, por exemplo. "Vivemos em uma sociedade de informação, e conhecimentos específicos como o do historiador passam a ser uma mercadoria", concorda França.
Outro campo favorável é o da história da cultura, que visa entender as diferentes visões de mundo por meio das manifestações culturais e das maneiras como o homem vê a realidade. "Assim, o historiador tem sido cada vez mais reconhecido, pois as pessoas se identificam com esse tipo de leitura", diz Aquino.
A chegada da internet mudou radicalmente a maneira de trabalho desse profissional. Atualmente, localiza-se em horas um documento que demoraria anos para ser encontrado e, em vez de viajar centenas de quilômetros, consultar arquivos e documentos on-line já é uma realidade --livros dos idos 1500 já estão à disposição na rede mundial de computadores.
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Entender a sociedade requer de historiador virtudes como tolerância
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Para ser uma espécie de psicanalista da sociedade, é preciso tolerância, consciência de que valores são mutáveis ao longo do tempo, sensibilidade à realidade do mundo em que vive e curiosidade pela diferença e pelas diversas formas que o homem inventou para viver. Exercer a função de historiador é contribuir para o entendimento da sociedade, por isso um bom historiador é pouco conformista e muito curioso.
"As pessoas que viveram antes de nós viviam de um modo diferente. Ver um suplício no século 18, por exemplo, era um programa razoavelmente familiar, como ir a um espetáculo musical. Por isso é importante a tolerância à diferença, porque senão você sai julgando o mundo", explica Jean Marcel Carvalho França, 37, professor de história da Unesp.
Para Osvaldo Coggiola, 51, chefe de departamento na USP, a história tenta se aproximar da verdade por meio da construção de versões e por isso exige sempre uma análise crítica. "A história, por definição, é crítica, porque, se não fosse, estaríamos escrevendo anuários", afirma.
Os quatro anos do curso, que teve 11,4 candidatos disputando cada vaga na Fuvest em 2003, formam profissionais aptos a pesquisar e a lecionar. Um historiador também pode trabalhar em museus e em arquivos ou oferecendo o seu conhecimento àqueles que desejam fazer um levantamento histórico de suas origens.
De acordo com Maria Aparecida de Aquino, 50, professora de história contemporânea da USP, um campo novo e crescente é o de assessoria a meios de comunicação, produzindo textos para jornais e sites, por exemplo. "Vivemos em uma sociedade de informação, e conhecimentos específicos como o do historiador passam a ser uma mercadoria", concorda França.
Outro campo favorável é o da história da cultura, que visa entender as diferentes visões de mundo por meio das manifestações culturais e das maneiras como o homem vê a realidade. "Assim, o historiador tem sido cada vez mais reconhecido, pois as pessoas se identificam com esse tipo de leitura", diz Aquino.
A chegada da internet mudou radicalmente a maneira de trabalho desse profissional. Atualmente, localiza-se em horas um documento que demoraria anos para ser encontrado e, em vez de viajar centenas de quilômetros, consultar arquivos e documentos on-line já é uma realidade --livros dos idos 1500 já estão à disposição na rede mundial de computadores.
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