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14/09/2003
-
03h27
da Folha de S.Paulo
Apesar de ter firmado convênio com o MEC há um mês para alfabetizar 100 mil jovens e adultos, a ONG Alfabetização Solidária estima que só irá formar cerca de 38 mil alunos até o fim do ano.
Os 62 mil restantes ainda nem começaram a ter aulas. Em alguns Estados, o processo ainda está em fase de seleção dos alfabetizandos; em outros, em fase de capacitação dos professores, segundo Regina Célia Vasconcelos Esteves, superintendente-executiva e coordenadora nacional da entidade.
O curso da Alfabetização Solidária seguirá o padrão da ONG, que atua desde 1997 e é o maior programa do gênero no país, tendo formado pouco mais de 4 milhões de pessoas. Serão 240 horas de aula --três horas por dia, de segunda a sexta, o que soma cinco meses.
Isso significa que, na melhor das hipóteses, se as demais turmas começarem ainda em setembro, só devem terminar em fevereiro.
A ONG deve recorrer a outros parceiros (pessoas físicas e jurídicas que "adotam" alfabetizandos ou municípios onde a entidade atua) para custear o treinamento extra e os materiais didáticos e de apoio. A ajuda de custo dos professores, porém, seguirá as regras do programa federal --R$ 15 por aluno--, e a merenda escolar, garantida nas turmas fora do convênio com o MEC, não vai existir, por falta de verba.
O modelo da ONG é criticado por especialistas em alfabetização, que consideram o prazo de cinco meses pouco para efetivamente ensinar a ler, escrever, compreender e interpretar textos e a realizar as quatro operações matemáticas básicas.
Esteves se defende. Segundo ela, o cinco meses do curso de alfabetização são "só o primeiro passo". O projeto prevê também o encaminhamento dos alunos à rede pública, para que eles continuem a estudar.
ONG Alfabetização Solidária só atingirá 38% da meta para este ano
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Apesar de ter firmado convênio com o MEC há um mês para alfabetizar 100 mil jovens e adultos, a ONG Alfabetização Solidária estima que só irá formar cerca de 38 mil alunos até o fim do ano.
Os 62 mil restantes ainda nem começaram a ter aulas. Em alguns Estados, o processo ainda está em fase de seleção dos alfabetizandos; em outros, em fase de capacitação dos professores, segundo Regina Célia Vasconcelos Esteves, superintendente-executiva e coordenadora nacional da entidade.
O curso da Alfabetização Solidária seguirá o padrão da ONG, que atua desde 1997 e é o maior programa do gênero no país, tendo formado pouco mais de 4 milhões de pessoas. Serão 240 horas de aula --três horas por dia, de segunda a sexta, o que soma cinco meses.
Isso significa que, na melhor das hipóteses, se as demais turmas começarem ainda em setembro, só devem terminar em fevereiro.
A ONG deve recorrer a outros parceiros (pessoas físicas e jurídicas que "adotam" alfabetizandos ou municípios onde a entidade atua) para custear o treinamento extra e os materiais didáticos e de apoio. A ajuda de custo dos professores, porém, seguirá as regras do programa federal --R$ 15 por aluno--, e a merenda escolar, garantida nas turmas fora do convênio com o MEC, não vai existir, por falta de verba.
O modelo da ONG é criticado por especialistas em alfabetização, que consideram o prazo de cinco meses pouco para efetivamente ensinar a ler, escrever, compreender e interpretar textos e a realizar as quatro operações matemáticas básicas.
Esteves se defende. Segundo ela, o cinco meses do curso de alfabetização são "só o primeiro passo". O projeto prevê também o encaminhamento dos alunos à rede pública, para que eles continuem a estudar.
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