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30/10/2003
-
11h43
ROBERTO CANDELORI
da Folha de S. Paulo
Karol Józef Wojtyla, o papa João Paulo 2º, completou 25 anos de seu pontificado. Polonês, Wojtyla assumiu o comando da Igreja Católica em 1978, tornando-se o primeiro papa não-italiano dos últimos quatro séculos. Como líder religioso, destacou-se como um importante personagem político na defesa dos direitos humanos, na condenação sistemática às guerras e nos apelos ao desarmamento. Chamou a Guerra do Iraque de "imoral e injusta".
Progressista nos temas sociais, não esconde o seu conservadorismo moral. Defendeu o celibato clerical, condenou o aborto e o homossexualismo. Manteve-se firme na defesa da indissolubilidade do matrimônio e na condenação dos métodos de contracepção. "O planejamento familiar só pode ser feito de acordo com as leis morais, espirituais e naturais", afirmou.
Militante anticomunista, no final dos anos 70, em visita à América Latina, criticou a Teologia da Libertação e sua "opção preferencial pelos pobres". Condenou ao silêncio o teólogo Leonardo Boff. No início de 1998, em visita a Cuba, criticou a voracidade do capitalismo e a globalização e pediu aos países ricos o perdão da dívida externa dos países pobres.
No plano evangélico, defendeu uma maior aproximação entre as religiões. Foi o primeiro papa a entrar numa sinagoga e numa mesquita. Buscou aproximação com a Igreja Ortodoxa e com os anglicanos do Reino Unido e pediu perdão pelos danos causados por cristãos católicos nesses 2.000 anos de cristianismo.
Cotado para receber o Prêmio Nobel da Paz, foi preterido pelo Comitê Nobel norueguês. Especialistas dizem que ele não recebeu o prêmio em virtude das suas posições conservadoras em relação à sexualidade, que incluem até a proibição do uso de preservativo em tempos de Aids.
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
Atualidades: Os 25 anos de pontificado de Karol Wojtyla
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da Folha de S. Paulo
Karol Józef Wojtyla, o papa João Paulo 2º, completou 25 anos de seu pontificado. Polonês, Wojtyla assumiu o comando da Igreja Católica em 1978, tornando-se o primeiro papa não-italiano dos últimos quatro séculos. Como líder religioso, destacou-se como um importante personagem político na defesa dos direitos humanos, na condenação sistemática às guerras e nos apelos ao desarmamento. Chamou a Guerra do Iraque de "imoral e injusta".
Progressista nos temas sociais, não esconde o seu conservadorismo moral. Defendeu o celibato clerical, condenou o aborto e o homossexualismo. Manteve-se firme na defesa da indissolubilidade do matrimônio e na condenação dos métodos de contracepção. "O planejamento familiar só pode ser feito de acordo com as leis morais, espirituais e naturais", afirmou.
Militante anticomunista, no final dos anos 70, em visita à América Latina, criticou a Teologia da Libertação e sua "opção preferencial pelos pobres". Condenou ao silêncio o teólogo Leonardo Boff. No início de 1998, em visita a Cuba, criticou a voracidade do capitalismo e a globalização e pediu aos países ricos o perdão da dívida externa dos países pobres.
No plano evangélico, defendeu uma maior aproximação entre as religiões. Foi o primeiro papa a entrar numa sinagoga e numa mesquita. Buscou aproximação com a Igreja Ortodoxa e com os anglicanos do Reino Unido e pediu perdão pelos danos causados por cristãos católicos nesses 2.000 anos de cristianismo.
Cotado para receber o Prêmio Nobel da Paz, foi preterido pelo Comitê Nobel norueguês. Especialistas dizem que ele não recebeu o prêmio em virtude das suas posições conservadoras em relação à sexualidade, que incluem até a proibição do uso de preservativo em tempos de Aids.
Roberto Candelori é professor do Colégio Móbile e do Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
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