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09/11/2003 - 12h02

Na reta final, revisão deve equilibrar "fraquezas e fortalezas"

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CAROL FREDERICO
das Regionais

É tanta coisa que cai no vestibular! E é justamente por isso que, de preferência, uma boa preparação se dá ao longo de um ano inteiro. No entanto a aproximação da data da prova sinaliza o momento de mudar de tática. É hora de frear o aprendizado e começar a revisar o que foi estudado.

Revisão, obviamente, pressupõe já ter visto, mas, certamente, não haverá tempo para rever tudo --pelo menos não profundamente. É hora também de eleger prioridades. Dependendo do conhecimento adquirido e do tempo restante, é bom avaliar o que é mais vantajoso: é melhor focar nas fraquezas ou nas fortalezas?

"Existe uma diferença entre o aluno que está a dois meses do vestibular, o que está a um mês do vestibular e o que está a 15 dias", explica Leo Fraiman, 34, professor e psicoterapeuta.

Ele defende que o aluno na primeira situação deve investir nos assuntos que sabe bem, mas ainda tem um certo tempo para entender outros temas.

A um mês da prova, a melhor opção ainda seria atacar os pontos que efetivamente domina.

Para quem está a 15 dias do exame, simulados ajudam a desenvolver o raciocínio e a treinar a habilidade para responder provas longas. Pode ser também um bom momento para pesquisar e se habituar ao estilo de cada exame.

"Às vezes, você está preocupado em decorar fórmulas, sem saber que aquele vestibular que está prestando não pede esse tipo de conhecimento", diz Fraiman.

Para Rose Bernardi, coordenadora pedagógica do Anglo, em Campinas, a melhor opção é aprimorar o que aprendeu até agora.

"A revisão é, sim, uma etapa importante, ainda mais para quem se dedicou bastante. Rever é sinônimo de trazer à memória, relembrar, recordar. Ela serve, principalmente, para potencializar a capacidade de transformar os conhecimentos já adquiridos em respostas certas", explica.

Estratégia

Para André Guadalupe, 30 --professor do cursinho Poliedro, em São José dos Campos, e autor do módulo "Dicas de Revisão para o Vestibular", do Sistema de Ensino Poliedro--, para selecionar os temas, é preciso considerar as probabilidades.

"Um esqueminha interessante é dividir os principais temas a ser estudados em quatro grupos: assuntos mais importantes e que têm grandes chances de cair, assuntos menos importantes, assuntos que você sabe e assuntos que você não sabe", enumera.

E agora, como proceder? Não estresse com aquilo que você não sabe e que tem pouca importância. Sinta-se confortável com aquilo que você sabe, apesar de ser pouco importante. Confie naquilo que você sabe e que provavelmente deve cair na prova. Mire especialmente nos temas que você tem mais dúvidas e que são muito importantes.

"Seria melhor que o aluno não tivesse dúvidas sobre aquelas questões que sempre caem e que não deixasse muita coisa a ser aprendida na época da revisão. Nessa hora, o objetivo principal é dar uma 'pincelada' nos temas mais importantes", defende.

Outra coisa: "Não adianta estar em dia com a apostila e não saber o que está acontecendo no mundo", aconselha Jhoni Yamada, 35, coordenador pedagógico do COC Vestibulares, em Ribeirão Preto. "Leitura sobre assuntos da atualidade e acompanhamento de jornais e revistas também fazem parte da preparação", diz.

"Deu branco!"

Parece incrível. Talvez nem uma equação matemática explique, mas o número de candidatos que estudaram o ano inteiro e, às vésperas do vestibular, acham que não sabem nada aumenta com a proximidade dos exames.

O famoso "branco" ou aquela angústia são sintomas da insegurança. Para esses candidatos, exímios em multiplicar dúvidas, uma boa notícia: não é preciso gabaritar o exame para ser aprovado no vestibular.

"Não é verdade que aquele carinha que sabe tudo é o que vai passar no vestibular. Junto com conhecimento, é preciso ter a cuca fresca", aconselha Juliana Vilas Boas, 28, psicóloga e psicanalista voltada para a área de educação.

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