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20/11/2003
-
09h03
THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
Especial para Folha de S. Paulo
Fazer uma boa redação requer pensar bem, ou seja, analisar os vários aspectos em que se desdobra um tema e estabelecer entre eles relações. Boa parte da dificuldade de escrever advém da dificuldade de pensar de maneira organizada. É inútil acreditar que o problema surja no momento de 'pôr as idéias no papel', como se o pensamento existisse em estado bruto e a forma fosse exterior a ele. É bem mais provável que conteúdo e forma caminhem juntos.
Nos exames vestibulares, predominam as propostas temáticas que exigem do candidato a redação de um texto dissertativo. É por meio desse tipo de estrutura que o estudante pode fazer uma reflexão, desenvolvendo um raciocínio lógico e coerente.
O exame da Unicamp, entretanto, apresenta ao candidato três propostas, duas dissertativas (uma na forma de carta) e uma narrativa. A narração é um tipo de texto que requer do redator qualidades subjetivas, como imaginação e criatividade. Uma história bem contada normalmente indica um razoável nível de maturidade --que se observa no estabelecimento do narrador, no grau de distanciamento daquilo que narra, no vocabulário que escolhe, na capacidade de trabalhar com elementos como ironia, humor etc.
A carta é um texto explicitamente argumentativo, dirigido a um interlocutor particular. O candidato deve encontrar o tom adequado para dirigir-se a esse interlocutor e fazer uso das informações que tiver a seu respeito. Não deve, entretanto, confundir o desejável e tão apregoado tom formal com o formalismo estéril das fórmulas de cartas comerciais (do tipo 'Venho por meio desta solicitar...'). Por ser uma carta, o texto prescinde de título e requer data, vocativo e assinatura (apenas as iniciais do nome), mas, para saber isso, basta ler as instruções na própria folha da prova.
É preciso, entretanto, qualquer que seja a escolha da proposta, ler com muita atenção o material fornecido pela banca, que contém informações suficientes para a elaboração do texto.
Para obter bons resultados, é importante valorizar o tema escolhido e demonstrar envolvimento na questão em pauta. Convém evitar 'fórmulas' e o desagradável tom escolar, próprio de quem escreve por obrigação. Concentre-se e faça uma boa prova!
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha
Português: É preciso pensar de maneira organizada
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Especial para Folha de S. Paulo
Fazer uma boa redação requer pensar bem, ou seja, analisar os vários aspectos em que se desdobra um tema e estabelecer entre eles relações. Boa parte da dificuldade de escrever advém da dificuldade de pensar de maneira organizada. É inútil acreditar que o problema surja no momento de 'pôr as idéias no papel', como se o pensamento existisse em estado bruto e a forma fosse exterior a ele. É bem mais provável que conteúdo e forma caminhem juntos.
Nos exames vestibulares, predominam as propostas temáticas que exigem do candidato a redação de um texto dissertativo. É por meio desse tipo de estrutura que o estudante pode fazer uma reflexão, desenvolvendo um raciocínio lógico e coerente.
O exame da Unicamp, entretanto, apresenta ao candidato três propostas, duas dissertativas (uma na forma de carta) e uma narrativa. A narração é um tipo de texto que requer do redator qualidades subjetivas, como imaginação e criatividade. Uma história bem contada normalmente indica um razoável nível de maturidade --que se observa no estabelecimento do narrador, no grau de distanciamento daquilo que narra, no vocabulário que escolhe, na capacidade de trabalhar com elementos como ironia, humor etc.
A carta é um texto explicitamente argumentativo, dirigido a um interlocutor particular. O candidato deve encontrar o tom adequado para dirigir-se a esse interlocutor e fazer uso das informações que tiver a seu respeito. Não deve, entretanto, confundir o desejável e tão apregoado tom formal com o formalismo estéril das fórmulas de cartas comerciais (do tipo 'Venho por meio desta solicitar...'). Por ser uma carta, o texto prescinde de título e requer data, vocativo e assinatura (apenas as iniciais do nome), mas, para saber isso, basta ler as instruções na própria folha da prova.
É preciso, entretanto, qualquer que seja a escolha da proposta, ler com muita atenção o material fornecido pela banca, que contém informações suficientes para a elaboração do texto.
Para obter bons resultados, é importante valorizar o tema escolhido e demonstrar envolvimento na questão em pauta. Convém evitar 'fórmulas' e o desagradável tom escolar, próprio de quem escreve por obrigação. Concentre-se e faça uma boa prova!
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha
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