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04/12/2003
-
09h42
EDER MELGAR
Especial para a Folha de S. Paulo
Recentemente, um jornalista e apresentador de TV e um psicanalista e educador especularam na mídia sobre o conteúdo das provas de geografia nos vestibulares. Ambos referiam-se ao absurdo de exigir dos vestibulandos coisas como "Quais os afluentes da margem esquerda do Amazonas?". Realmente é um absurdo. Inclusive acrescento que tenho dúvidas quanto à resposta exata.
O detalhe é que os grandes vestibulares há muito tempo não fazem esse tipo de pergunta. As provas podem receber várias críticas, mas não essa.
Para o aluno, fica o risco de ter assistido ou lido essas coisas e sair feito um maluco decorando os afluentes dos grandes rios brasileiros. Não faça isso.
As provas de geografia tendem cada vez mais a exigir uma postura crítica do estudante perante a transformação do espaço, exigindo que reconheça e analise essas transformações.
Particularmente sobre o tema hidrografia, os vestibulandos devem ter a dimensão de sua importância no processo de fixação das populações e no aproveitamento de seus recursos.
A água é considerada um recurso renovável, o que não significa que não seja exaurível, ou seja, que não tenha o seu uso limitado e até impossibilitado pela utilização inadequada e pela destruição das condições necessárias para que ela se recomponha.
Desperdício e poluição podem ser mencionados como uso inadequado. A destruição das condições necessárias para a sua recomposição pode ser exemplificada com uma atividade que interfira nocivamente no ciclo hidrológico, como a impermeabilização dos solos pelas construções urbanas, que aumenta o escoamento superficial da água e diminui a sua infiltração no solo. Essa impermeabilização, quando é realizada em áreas de mananciais (nascentes), pode inviabilizá-las.
Voltaremos ao tema na próxima coluna.
Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
Artigo: Conhecer as transformações do espaço é importante
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Especial para a Folha de S. Paulo
Recentemente, um jornalista e apresentador de TV e um psicanalista e educador especularam na mídia sobre o conteúdo das provas de geografia nos vestibulares. Ambos referiam-se ao absurdo de exigir dos vestibulandos coisas como "Quais os afluentes da margem esquerda do Amazonas?". Realmente é um absurdo. Inclusive acrescento que tenho dúvidas quanto à resposta exata.
O detalhe é que os grandes vestibulares há muito tempo não fazem esse tipo de pergunta. As provas podem receber várias críticas, mas não essa.
Para o aluno, fica o risco de ter assistido ou lido essas coisas e sair feito um maluco decorando os afluentes dos grandes rios brasileiros. Não faça isso.
As provas de geografia tendem cada vez mais a exigir uma postura crítica do estudante perante a transformação do espaço, exigindo que reconheça e analise essas transformações.
Particularmente sobre o tema hidrografia, os vestibulandos devem ter a dimensão de sua importância no processo de fixação das populações e no aproveitamento de seus recursos.
A água é considerada um recurso renovável, o que não significa que não seja exaurível, ou seja, que não tenha o seu uso limitado e até impossibilitado pela utilização inadequada e pela destruição das condições necessárias para que ela se recomponha.
Desperdício e poluição podem ser mencionados como uso inadequado. A destruição das condições necessárias para a sua recomposição pode ser exemplificada com uma atividade que interfira nocivamente no ciclo hidrológico, como a impermeabilização dos solos pelas construções urbanas, que aumenta o escoamento superficial da água e diminui a sua infiltração no solo. Essa impermeabilização, quando é realizada em áreas de mananciais (nascentes), pode inviabilizá-las.
Voltaremos ao tema na próxima coluna.
Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
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