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20/12/2003
-
17h10
da Folha Online
Professores de português se aventurando entre números e ensinando matemática. Profissionais de biologia fazendo as vezes de psicólogo. Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), essa é a situação do mercado de trabalho dos docentes na rede pública estadual.
Segundo o presidente do sindicato, Carlos Ramiro de Castro, na região mais periférica da cidade de São Paulo há uma defasagem de professores de física, química, biologia e matemática.
"Os professores saem porque recebem melhores propostas de trabalho e salarial, o que não é difícil", afirmou.
Segundo dados da Apeoesp, o salário médio de um professor hoje no Estado é de aproximadamente R$ 800. Para os iniciantes com carga de 24 horas semanais o ganho é de R$ 512. Abonos e gratificações elevam os vencimentos do calouro para R$ 640.
Para Castro, além dos baixos salários, a falta de condições para formação, as salas de aulas cheias e a falta de segurança também contribuem para o êxodo dos professores.
"São inúmeros os casos de ameaças de morte, principalmente do crime organizado, que quer entrar com tráfico nas escolas. Eu mesmo já recebi", disse Castro, que há 33 anos ensina biologia na rede pública.
Poucos concursos
Castro criticou a política de contratação do governo. E apontou que a maioria são temporários, chamados de ACT (admitido em caráter temporário), o que segundo ele é "ilegal".
"Hoje 60% do quadro são temporários, situação que acaba se perpetuando porque o governo não abre concurso", reclamou.
Outro lado
Segundo números divulgados pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, 128.292 professores trabalham em caráter temporário e 83.787 são efetivos. A explicação do órgão é que a situação é necessária para que os alunos não fiquem sem aulas.
A secretaria chamou de "casos pontuais" as escolas que não tem professor de uma determinada disciplina e informou que fez recentemente um concurso para 50 mil vagas efetivas. Inicialmente, 14 mil serão chamados para começarem a trabalhar em 2004.
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País corre risco de ficar sem professores na rede pública
Professores de SP atacam de psicólogos para driblar ameaças de morte
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Professores de português se aventurando entre números e ensinando matemática. Profissionais de biologia fazendo as vezes de psicólogo. Segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), essa é a situação do mercado de trabalho dos docentes na rede pública estadual.
Segundo o presidente do sindicato, Carlos Ramiro de Castro, na região mais periférica da cidade de São Paulo há uma defasagem de professores de física, química, biologia e matemática.
"Os professores saem porque recebem melhores propostas de trabalho e salarial, o que não é difícil", afirmou.
Segundo dados da Apeoesp, o salário médio de um professor hoje no Estado é de aproximadamente R$ 800. Para os iniciantes com carga de 24 horas semanais o ganho é de R$ 512. Abonos e gratificações elevam os vencimentos do calouro para R$ 640.
Para Castro, além dos baixos salários, a falta de condições para formação, as salas de aulas cheias e a falta de segurança também contribuem para o êxodo dos professores.
"São inúmeros os casos de ameaças de morte, principalmente do crime organizado, que quer entrar com tráfico nas escolas. Eu mesmo já recebi", disse Castro, que há 33 anos ensina biologia na rede pública.
Poucos concursos
Castro criticou a política de contratação do governo. E apontou que a maioria são temporários, chamados de ACT (admitido em caráter temporário), o que segundo ele é "ilegal".
"Hoje 60% do quadro são temporários, situação que acaba se perpetuando porque o governo não abre concurso", reclamou.
Outro lado
Segundo números divulgados pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, 128.292 professores trabalham em caráter temporário e 83.787 são efetivos. A explicação do órgão é que a situação é necessária para que os alunos não fiquem sem aulas.
A secretaria chamou de "casos pontuais" as escolas que não tem professor de uma determinada disciplina e informou que fez recentemente um concurso para 50 mil vagas efetivas. Inicialmente, 14 mil serão chamados para começarem a trabalhar em 2004.
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